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terça-feira, 9 de outubro de 2012

"Eleição de vereadores mostra a urgência da reforma eleitoral'

Por César Maia

1. Como se sabe, três meses depois das eleições, 70% dos eleitores não se lembram mais em que vereador votaram. Esse número cai para 50% no caso dos deputados. Dessa forma, nem se sabe a quem cobrar o exercício do mandato. E assim o eleito passa a ser eleito de si mesmo.
2. A eleição no Rio é paradigmática. 1.700 candidatos para 51 vagas. Dos 4,7 milhões de eleitores foram às urnas 3,7 milhões. Desses, apenas 1,1 milhão mil votaram nos 51 vereadores eleitos, ou 23%. Na câmara municipal estarão presentes 18 partidos. Na verdade, mais que o dobro disso pelo descompromisso partidário da maioria. Formam-se nas câmaras municipais "partidos individuais".
3. Produz-se uma desideologização radical. O 'PM' - partido da máquina - prevalece. O PT no Rio elegeu quatro vereadores e apenas um petista. O PCdoB e o PPS não elegeram nenhum. Apesar de o Senado ter decidido pelo fim da coligação nas eleições proporcionais, o que evitaria a aritmética eleitoral de eleição sem voto, a Câmara de Deputados ainda não se pronunciou.
4. Em todos os países democráticos desenvolvidos, o voto é sempre distrital ou em lista, ou uma combinação de ambos num distrito maior ou menor. Com isso, num distrito, o eleitor escolhe entre um candidato ou uma lista de cada partido. No limite, no Brasil, seriam 30 candidatos e não 1.700 como no caso do Rio.
5. Na noite anterior à eleição, as máquinas atapetam as ruas e calçadas na área das urnas com "santinhos" de voto. Dizem que uma proporção de eleitores não têm candidato e brinca pegando um desses papéis para votar.
6. O fato é que pesquisa realizada no Rio na sexta-feira, antevéspera dessa eleição, 42% dos eleitores não sabiam em quem iam votar para vereador.
7. Nas entrevistas de campanha dos candidatos a prefeito por todo lado, ao serem perguntados como iam governar sem maioria as respostas eram sempre iguais: uma vez eleito qualquer prefeito tem maioria. Com isso, se deforma a relação entre os poderes e o legislativo passa a ser um departamento do executivo. E suas "bases aliadas" não pedem muito: só sustentar a sua clientela.
Fonte: "Ex-Blog do César Maia"

 

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