Jubileu de Ouro em Jornalismo com Celebração Eucarística
terça-feira, 3 de dezembro de 2024
Oydema Ferreira faz colunismo social com seriedade há 50 anos
Comenda Barachisio Lisboa para advogado Aurélio Miguel Dórea
O advogado feirense Aurélio Miguel Dórea foi comunicado nesta terça-feira, 3, pela presidente Bárbara Mariani da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Bahia (OAB-BA), que será homenageado com a Comenda Barachisio Lisboa, "uma homenagem especial em reconhecimento aos seus 50 anos de exercício ininterrupto da advocacia, marcados pela ética, dedicação e comprometimento com os valores que norteiam a nossa profissão".
Segundo Bárbara Mariani, "este momento simbólico visa reconhecer sua trajetória exemplar, sem qualquer registro de processo disciplinar, o que enaltece ainda mais sua contribuição para a valorização e dignidade da advocacia".
Boulevard Shopping recebe a exposição "Todos os Caminhos Levam a Arte e a Moda"
Palco de uma celebração única da criatividade e do talento local, o Boulevard Shopping recebe, entre esta terça-feira, 3, e domingo, 8, a exposição "Todos os Caminhos Levam a Arte e a Moda". A coleção de moda, assinada pelo estilista Moab Barros, é uma homenagem as obras de Juraci Dórea.
Gomes Delicatessen de Feira de Santana conquista o segundo lugar no concurso "Melhor Pão Francês da Bahia"
Premiação ocorreu no dia 27 de novembro em Salvador
A Gomes Delicatessen, localizada em Feira de Santana, ficou em segundo lugar no concurso "Melhor Pão Francês da Bahia". A premiação ocorreu na noite da quarta-feira, 27 de novembro, no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), em Salvador. A Padaria Verde Rio, de Juazeiro, foi a campeã estadual, enquanto a Padaria Primus, de Itabuna, garantiu o terceiro lugar.
O superintendente do Sebrae, Jorge Khoury, expressou sua gratidão aos parceiros e colaboradores do projeto, enfatizando a importância de apoiar pequenos negócios. "Nosso objetivo no Sebrae é auxiliar micro e pequenas empresas, como os produtores de pão, a prosperarem, oferecendo produtos de qualidade e capacitação", afirmou.
Francisco Gomes, proprietário da Gomes Delicatessen, compartilhou sua satisfação com a conquista. "Estou no ramo de panificação há apenas um ano e oito meses, e conquistar o segundo lugar é uma superação indescritível", declarou. A empresa recebeu o destaque estadual, após vencer a etapa regional promovida pelo Sebrae em Feira de Santana, que contou com a participação de 34 padarias de pelo menos 15 municípios. A conquista do segundo lugar na etapa estadual em tão pouco tempo evidencia o talento e a busca pela qualidade no processo de produção.
O gerente regional do Sebrae em Feira de Santana, Isailton Reis, destacou que "a iniciativa reafirma o compromisso do Sebrae em fomentar o desenvolvimento das pequenas empresas e valorizar produtos regionais que são fundamentais para a cultura e a economia local".
Esta é a primeira edição do concurso, que tem como objetivo estimular a melhoria da qualidade do pão no estado. A avaliação é baseada na ABNT NBR 16170, que estabelece padrões de qualidade para o pão tipo francês, considerando características como sabor, textura, miolo e crosta.
Durante a cerimônia, estiveram presentes as dez padarias vencedoras das etapas regionais do concurso: Maria's Panificadora (Salvador), Divino Barreiras Alimentos (Barreiras), Gomes Delicatessen (Feira de Santana), Padaria Primus (Itabuna), Padaria Cantinho do Pão (Várzea do Poço), Padaria Verde Rio (Juazeiro), Panificadora Ki Pão (Cruz das Almas), Panificadora Santana (Irecê), Mais Delícia (Porto Seguro) e Pão Delícia Artesanal (Brumado).
O concurso contou com o apoio das empresas Fermentação WCH, Bunge, Adinor e a executora Extrarex.
segunda-feira, 2 de dezembro de 2024
Conexão Cafés da Bahia: "Aromas e sensações dos cafés especiais se assemelham com chocolates e vinhos", revela especialista
Em Vitória da Conquista, evento gratuito ocorrerá nos dias 7 e 8 de dezembro
Saborear um bom chocolate artesanal, harmonizando com uma generosa xícara de café de qualidade, ao som de boa música. Uma oferta sedutora, não? E se esse chocolate ostentar 12 premiações internacionais e o cafezinho, na verdade, for um cafezão com terroir bem baiano, a oferta fica ainda melhor. Esse atraente cenário é real e estará aberto a visitação sensorial nos dias 7 e 8 de dezembro, das 10 às 20 horas, durante a segunda edição do Conexão Cafés da Bahia. O evento terá entrada gratuita e ocorrerá no Parque de Exposições de Vitória da Conquista, no Sudoeste baiano.
"Nossa essência é valorizar a qualidade, os ingredientes regionais, a busca por sabores inusitados, releituras. Começamos na área de serviço de nossa casa, hoje temos nossa fábrica, mas continuamos fazendo nosso chocolate da mesma forma: com excelência. Esse é o segredo para que a gente esteja entre os melhores chocolates do mundo", diz Leilane Benevides (Foto 1: Divulgação), empresária e Chocolate Maker na Benevides Chocolates.
A marca baiana de chocolates finos possui 12 premiações internacionais, tem produção completamente artesanal - dos chamados chocolates do grão à barra ou craft chocolate -, e a fábrica tem visitação aberta ao público, na região cacaueira do Sul da Bahia. Essa experiência imersiva e regional será uma das harmonizações com os cafés especiais produzidos em território baiano, durante o evento.
"O Conexão Cafés, como o próprio nome diz, é uma grande oportunidade de fazer uma integração do café com esses outros produtos que tanto conversam. O café, o chocolate, a cerveja artesanal, são produtos que se conversam porque, na sua essência, as pessoas que consomem esses produtos não querem apenas consumir, eles querem ter uma experiência. E, um evento como esse une tudo isso, nos dando a oportunidade incrível de viver esse experimento sensorial novo", destaca Benevides.
Complexidade de aromas
A complexidade de aromas, sabores e sensações que há nos cafés especiais, nos chocolates artesanais, também é encontrada nos charutos produzidos na Bahia. É o que explica o barista e mestre de torras, Luli Figueirêdo (Foto 2: Divulgação). "Dentre todos esses produtos incríveis que encontraremos no evento, eu diria que a conexão entre o café e o charuto é algo indescritível e muito amplo no quesito de possibilidades. É impressionante a complexidade dos aromas que transmutam com os sabores do café e do charuto", explica.
O especialista, que é um dos palestrantes do Conexão Cafés da Bahia, afirma que o evento vai possibilitar àqueles amantes do café têm desconfianças com o universo dos cafés especiais - uma experiência sensorial completa. "Ainda temos poucas pessoas desfrutando desses prazeres porque o mercado de cafés especiais iniciou sua abordagem com muita pressão sobre os consumidores, ditando a forma de preparar, de beber, ditando o que é ‘correto e incorreto’. Quando, na verdade, nós precisamos entender que o café tem um único propósito pro consumidor final: gerar prazer", defende Figueirêdo.
O Sebrae, um dos parceiros do evento, destaca que os produtos artesanais baianos têm levado a fama do estado para o país e o mundo. "Esses produtores estão mostrando o que a Bahia tem de especial: café de qualidade, do campo à xícara. E o Sebrae Bahia quer mostrar isso, que a Bahia tem esses cafés, esses produtos de qualidade. Isso é importante para o território e para o mercado", pondera Mônica Rizério, analista do Sebrae BA e gestora do Projeto de Cafés Especiais do Planalto da Conquista.
Oficinas de harmonização
O evento, que promove a união do café especial com outros ingredientes de alta qualidade em harmonizações perfeitas - de queijos premiados a chocolates bean to bar, vinhos e charutos baianos -, terá entrada gratuita para o público. Porém, algumas oficinas terão um custo e os ingressos podem ser adquiridos no Sympla.
Veja a programação:
Workshop: Fundamentos da Torra, Sáb 7/12, 8h-10h (R$ 175)
Harmonização: café e chocolate, Sáb 7/12, 12h-13h (R$ 45)
Uso de matcha em cafeterias, Sáb 7/12, 14h-15h (Grátis)
Sabores: do café ao vinho, Sáb 7/12, 16h30-17h30 (R$ 45)
Harmonização: café e queijo, Dom 8/12, 10h-11h (R$ 45)
Harmonização: café e charuto, Dom 8/12, 14h-15h30 (R$ 100)
Harmonização: vinho e queijo, Dom 8/12, 17h-18h30 (R$ 100)
Mais informações: http://www.conexaocafes.com
domingo, 1 de dezembro de 2024
Os números do Botafogo
Para chegar à conquista da Copa Conmebol Libertadores, o Botafogo jogou 17 vezes com nove vitórias, cinco empates e três derrotas. Marcou 31 gols e sofreu 17 gols, com saldo positivo de 14 gols. Na campanha, eliminou LDU, Palmeiras, São Paulo, Peñarol e Atlético-MG, que já foram campeões da competição sulamaricana.
Em Buenos Aires, a jornada libertadora do Botafogo e dos botafoguenses
Por Carlos Eduardo Mansur - Jornalista. No futebol, beleza é fundamental
Seria possível tratar da consagração do Botafogo em Buenos Aires das tantas formas que o futebol permite: pela qualidade técnica dos jogadores, pelo duelo tático de uma final marcada por uma expulsão no minuto inicial, pelos gols ou pelos grandes personagens. Mas o que se viveu foi, acima de tudo, uma história humana que precisa ser contada a partir do ponto de vista do torcedor alvinegro.
No futebol ou na vida, há momentos em que só é possível entender a dimensão de uma conquista, a alegria que ela proporciona, quando se compreende o tamanho e a dor das feridas, o percurso até poder comemorar algo tão grande, os traumas. No caso do Botafogo, havia cada um destes elementos: a espera, a memória recente de um clube que parecia desenganado, e depois a mais cruel decepção justamente quando o time dera à arquibancada o direito de voltar a sonhar.
Era natural que os jogadores ou a comissão técnica do Botafogo de 2024 rechaçassem as comparações com 2023. De fato, foi montado um time quase todo novo. Mas se jogadores vão e vêm, o torcedor fica. E não havia torcedor mais machucado do que o botafoguense. É impossível entender as pessoas atiradas ao chão, os abraços, o êxtase de 2024 sem pensar no 2023, um daqueles desapontamentos que faz o torcedor se questionar se, um dia, terá o direito de ser feliz. Quando Júnior Santos apanhou o rebote, no minuto final dos acréscimos, e decretou o 3 a 1 no Monumental, era difícil dizer se havia mais gritos ou mais lágrimas. O futebol, que com tanta frequência sabe ser cruel, havia recompensado aquela gente.
Para o torcedor alvinegro, a jornada em Buenos Aires ameaçou, por um instante, ser uma síntese do que ele viveu nos últimos dois anos. Dezenas de milhares viajaram para a Argentina cheios de esperanças e sonhos, porque ao longo do ano viram seu time jogar o melhor futebol do Brasil. O domínio na arquibancada era brutal. Mas com menos de um minuto uma expulsão parecia roubar, tão precocemente, o direito de ao menos sonhar com uma final disputada em igualdade de condições. O futebol parecia aprontar outra com o Botafogo.
Àquela altura, todos se voltaram para o banco de reservas, à espera de uma intervenção de Artur Jorge. Ela veio, mas não sob a forma de uma substituição. Se o Atlético-MG construía pouco a partir de seus meias, se apostava em direcionar ataques para os lados do campo e, a partir dali, cruzar bolas, o Botafogo se reordenou para defender a área. Luiz Henrique ajudava Vitinho pelo lado em que atacava Arana; Marlon Freitas recuava entre Barboza e Alex Telles para não sacrificar Almada na marcação e combater o lado de Gustavo Scarpa; uma linha de até seis homens defenderia a área enquanto o quarteto ofensivo continuaria em campo para oferecer ameaça com bola.
Mais do que não sofrer com um Atlético-MG pobre de criação, o Botafogo dava estocadas. A cada instante parecia mais à vontade, fosse com Igor Jesus ganhando duelos e acionando Almada e Savarino, fosse com a bola saindo tocada de trás. Luiz Henrique fez o primeiro apanhando uma bola na área, depois conseguiu um pênalti cobrado por Alex Telles. Por vias diferentes das esperadas, ou seja, com dez homens, o Botafogo confirmava o que se dizia antes da final: era melhor time. O curioso, naquele instante, era a mistura de celebração com um certo tipo de moderação auto-imposta. Nenhum alvinegro se permitira dar a situação como resolvida.
Não é justo avaliar esta atuação do Botafogo pelos números, pelas estatísticas. Tampouco reprovar que, no segundo tempo, o time tenha sofrido um gol e permitido ao menos duas ótimas chances ao Atlético-MG. Se já soa inconcebível atravessar uma final de Libertadores sem sofrer, o que dizer de uma decisão jogada por mais de 100 minutos com dez homens? Gabriel Milito colocou Bernard, conseguiu ocupar mais o meio-campo e a frente da área do Botafogo com movimentos dele e de Vargas ou Paulinho, explorou o setor em que o rival se fragilizara. E pior: fez um gol com um minuto de etapa final.
Artur Jorge, agora sim, precisou intervir com mudanças de jogadores. Colocou Danilo, que se metia entre zagueiros para proteger a área enquanto Marlon Freitas duelava no meio-campo. Mais adiante, sua última cartada foi renovar fôlego com Júnior Santos e Matheus Martins nos contragolpes. Vargas teve duas grandes oportunidades, mas não fez.
Conforme o relógio andava, algo acontecia atrás do gol defendido por John, reduto principal dos torcedores alvinegros. Não que eles perdessem o receio, traumas não são vencidos tão facilmente. Mas havia instantes em que os cantos eram mais intensos, como se coexistissem o medo de nova frustração e a sensação de que, desta vez, o futebol não trairia o Botafogo. Afinal, tudo tem limite.
Quando a bola desviada por Alan Franco encontrou Júnior Santos, o que aconteceu foi mais do que um gol. Aquele chute encerrou décadas de espera pelo maior título do continente, representou a redenção, a libertação de quem há tão pouco tempo viu seu clube parecer condenado a nunca mais sequer sonhar com os troféus mais importantes. O gol foi um desabafo, mas também uma espécie de reparação com tanta gente que se machucou muito, que há um ano fora autorizada a sonhar de novo, até ver tudo escapar da mais inverossímil das maneiras.
Era justo com o botafoguense que fosse dessa forma: com o melhor futebol do Brasil, com uma vitória contundente, com a demonstração de força de sua gente numa Buenos Aires invadida. O Botafogo foi libertado.
Fonte: Blog do Mansur