Michelle Yeoh, Melhor Atriz em "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo" (Foto: Divulgação)
O que dizer de um filme como "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo" (Everything Everywhere All at Once), de Daniel Kwan e Daniel Scheinert? Absurdo, caótico, confuso, delirante, desconexo, frenético, maluco, niilista, irritante, sonolento, surreal, vazio. Tudo isso e muito mais.
Apresentado como ação de artes marciais (kung fu), aventura, comédia (paródia e sátira), drama e ficção científica, é um mix de gêneros de arregalar os olhos. E até de fazer espectador dormir.
Não dá para entender a metragem longa e exagerada de 139 minutos. É dividido em três partes. Também não dá para entender o porquê de a Academia de Hollywood conceder tantos prêmios Oscar, principalmente o de Melhor Filme - em 2019, a mesma Academia se encantou com o filme asiático, o coreano "Parasita", de Bong Joon Ho.
Realidade aumentada e ambientes virtuais dominam o filme dos Daniels com o conceito de metaverso. E a tela se enche de multiverso, realidade alternativa, universo paralelo, universo alternativo, verdade relativa, controle mental, tudo que define o pós modernismo.
Trata de conflitos geracionais, de relações familiares. Família disfuncional, relação de mulher e marido, mãe e filha, pai e filha, avô e neta, filha e namorada. Enfim, de amor. Ainda de empoderamento feminino.
Tecnicamente, tem cenas de movimentos rápidos, vertiginosos, tik tok, câmara lenta, imagens distorcidas, tela dividida, quadros congelados, títulos de capítulos, flashbacks.
Faz referências ao Ano Novo Chinês, Ano Novo Lunar, à animação "Ratatouille" (2007), à Chewbacca, personagem da saga "Guerra nas Estrelas" (Star Wars), ao Dr. Seuss, autor infantil americano, ao herói suíço Guilherme Tell, à Carmen Miranda, e à "Ave Maria" (de Schubert).
Em cartaz no Orient CinePlace Boulevard, com sessões às 18h40 e 21h30, com cópia legendada.
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