O ano entrará para a História como o
Ano da Mentira, em que a presidente Dilma esqueceu os compromissos de campanha
e fingiu não ser a chefe do governo que permitiu a gatunagem na Petrobras. Ela
é a grande "premiada" de 2015, um ano para esquecer, marcado também pela
incompetência da oposição, que não conseguiu liderar o desejo expresso de impeachment,
segundo as pesquisas, de quase 80% da população.
Figurante do ano
Prêmio vai para Aécio Neves
(PSDB-MG) que se apequenou na crise e relutou em assumir o papel de líder da
oposição a um governo no chão.
Mandioca Doida
Dilma ganhou o troféu com sua
coleção inacreditável de asneiras, da "homenagem à mandioca" à jura de "dobrar
a meta" de coisa alguma.
A protegida
A ex-chefe de gabinete da
Presidência e amiga íntima de Lula, Rosemary Noronha continua poupada de
punição, de exposição e de explicações.
Troféu Lava Alma
A taça, medalhas e aplausos vão para
o juiz federal Sérgio Moro e para os membros do Ministério Público Federal,
representados na premiação pelo procurador Deltan Dallagnol, que afligiram
corruptos poderosos do País.
Sabão para que te quero
A medalha de Ensaboado do Ano é do
senador Renan Calheiros que, em 2015, repetiu a proeza de escândalos passados,
mostrando mais uma vez que é possível até se aproximar dele, mas jamais
agarrá-lo.
O inimputável
Prêmio hors concours vai para o
poderoso chefão Lula, que, apesar dos aliados, ex-ministros e até filho
enrolados, escapa de fininho tratado por "informante" ou "testemunha",
mantendo-se longe da prisão.
Óleo de Peroba
A medalha de ouro é do presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aquele que jurou não ter contas na Suíça e
depois, pego na mentira, disse não ser titular, mas apenas "beneficiário" da
grana.
Troféu Abestado do Ano
Condenado no mensalão e preso
novamente na Lava Jato, José Dirceu manteve-se calado, enquanto o ex-chefe
Lula, a quem tenta proteger, passava a defender sua expulsão do PT.
Pantaleão 2015
Troféu vai para o governo Dilma,
incluindo a chefa, seus ministros, aspones e apoiantes, que, como o personagem
criado pelo saudoso Chico Anysio, mentem e nem dão sinais de rubor.
Mandioca Frita
O troféu será entregue esturricado a
Joaquim Levy, aquele que aceitou ser ministro da Fazenda por pura vaidade,
fingindo acreditar que Dilma queria mesmo fazer ajuste fiscal, e acabou "fritado".
Ouro de tolo
O troféu de 2015 vai para o
banqueiro André Esteves, cuja a imagem” rapidamente desmantelada pela Operação
Lava Jato, numa prova de que é mole ser de "prodígio" à sombra do poder
petista.
Troféu Barraco do Ano
Vai para a Kátia Abreu, que
desperdiçou ótimo vinho italiano jogando-o no rosto do senador José Serra (SP).
O prêmio é da ministra Agricultura, mas quem levou a taça foi o tucano, que a
chamou de "namoradeira".
Medalha Geni
Deve ser entregue, às escondidas, ao
ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, que não pode freqüentar bares e
restaurante sem ser xingado de tudo o que não presta, inclusive de petista.
Prêmio São Longuinho
Após dar uma banana para o PSB e
fundar o Rede, a ex-senadora Marina Silva tomou chá de sumiço para não ter de
falar sobre impeachment e nem mesmo para se posicionar sobre o crime ambiental
da Samarco.
Taça Ligeirinho
O deputado Leonardo Quintão (MG)
teve a liderança de bancada mais rápida de 2015: uma semana. Destituiu Leonardo
Picciani (RJ) com ajuda dos opositores ao governo Dilma, mas dias depois virou
ex.
Maior abandonado
Primeiro senador preso durante o
mandato desde a redemocratização, o líder do governo, Delcídio do Amaral
(PT-MS), foi abandonado por seus pares e não recebeu visitas desde a prisão em
25 de novembro.
Troféu Oscar Wilde
A carta de Michel Temer à presidente
Dilma não deve em nada à carta de amor enviada pelo escritor britânico ao Lorde
Alfred Douglas.
Fonte: Cláudio Humberto