Por Ricardo Setti
A
espantosa conclusão a que chegou o Instituto Datafolha - contra todas as
evidências, inclusive o puro e simples olho nu - segundo a qual havia 210 mil pessoas na Avenida Paulista nos protestos de
domingo contra o governo Dilma e o lulopetismo bateu de frente com a estimativa
de 1 milhão de manifestantes, solidamente embasada em fundamentos técnicos, da
Polícia Militar do Estado de São Paulo.
O
Datafolha informou que não levou em conta as pessoas que estavam "nas
adjacências" da Avenida Paulista - o que significa que seu levantamento vale
tanto quanto uma nota de 3 reais, uma vez que dezenas de milhares de cidadãos
se encontravam "nas adjacências" da Paulista por uma excelente razão: não cabia
mais gente na avenida.
Se os
critérios do Datafolha fossem utilizados nas colossais manifestações populares
pelas Diretas Já, em 1984, os números seriam de um décimo daquilo que a
História (e quem participou delas) registra.
A
Polícia Militar, por meio de seu Centro de Comunicação Social, tomou a rara
iniciativa de, defendendo seus números, contestar frontalmente os do Datafolha,
expedindo comunicado em que diz:
"ESCLARECIMENTO
A
Polícia Militar do Estado de São Paulo, a respeito da grande manifestação
popular realizada nesta data (15/03), na região da Avenida Paulista, ratifica
suas estimativas de público em aproximadamente 1 milhão de pessoas, de acordo
com a aplicação de sua ferramenta tecnológica "COPOM ON-LINE", que utiliza
recursos de mapas e georreferenciamento, baseadas nas imagens aéreas colhidas
por um dos helicópteros Águias, determinando a extensão principal da
manifestação, bem como, a ocupação das ruas adjacentes adotando como parâmetro
de cálculo, naquele momento, de 5 pessoas por metro quadrado.
A
estimativa, apurada por volta de 15h40, considerou a extensão da Avenida
Paulista, da Praça Oswaldo Cruz até a Rua da Consolação, considerando ainda, a
ocupação das ruas adjacentes e paralelas, além do Vão Livre do MASP. (…)"
Fonte: http://veja.abril.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário