Por
Reinaldo Azevedo
O Hamas não deixou alternativa a Israel a não ser o ataque também
por terra. O movimento terrorista que governa Gaza rompeu o cessar-fogo
humanitário proposto pela ONU e aceito pelo governo israelense e lançou novos
mísseis. Como estabelecer alguma forma de negociação com quem não quer
negociar? Numa mirada aparentemente lógica, alguém poderia concluir e indagar: "Ah, mas os terroristas do Hamas então contam com isso; por que dar a eles o
que querem?" A resposta é simples: porque a opção de Israel seria manter o
atual status da resposta, o que, também pela lógica, fortaleceria o Hamas.
É claro que Israel hesitou. Isso ficou evidente. A ofensiva por
terra não produz coisas bonitas de nenhum dos dois lados. Não pensem que pode
ser menos danosa para os palestinos do que os ataques aéreos. E expõe, é
evidente, os soldados israelenses, o que hoje não acontece. Mas é preciso
provocar danos na infraestrutura empregada pelo terror.
O governo israelense deixa claro que o objetivo não é depor o
Hamas. Isso seria impossível sem a plena reocupação de Gaza - vale dizer,
entrar lá para valer, para ser governo. O custo humano - e também em recursos -
é incalculável.
Publiquei aqui um vídeo terrível, em que o porta-voz do
Hamas canta as glórias do martírio e admite que o movimento recorre, sim, a
escudos humanos porque isso, segundo ele, é uma arma eficaz contra os inimigos…
O que esperar de uma organização religiosa, militar e terrorista que tem esse
pensamento?
O custo, infelizmente, se dá em vidas humanas.
Fonte: "Blog
Reinaldo Azevedo"
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