Por Augusto Nunes
Sempre com a ajuda de padrinhos poderosos,
advogados que calculam honorários em dólares por minuto e comparsas infiltrados
nos três Poderes, os quadrilheiros do mensalão lutam contra a verdade e a
Justiça desde meados de 2005, quando foi escancarada a grande roubalheira.
Durante oito anos, como constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, fizeram de
conta que nada havia a julgar. O mensalão só existira na imaginação da imprensa
golpista e nos sonhos da oposição mais delicada do planeta, recitaram de meia
em meia hora os inimigos jurados do Estado Democrático de Direito.
Atropelados pela denúncia da Procuradoria
Geral da República e pela abertura do processo no Supremo Tribunal Federal, os
meliantes cinco estrelas e seus parceiros valeram-se de um vasto repertório de
trapaças, chicanas, pressões e ameaças para, primeiro, adiar o julgamento e,
depois, evitar que chegasse ao fim. Tentaram tudo. Perderam todas. Os culpados
foram punidos. Os chefes do bando descobriram que há vagas na cadeia também
para a turma do "sabe com quem está falando?"
Mas ainda não acreditam que todos são iguais
perante a lei, confirmam as manobras recentes da turma à espera do camburão.
Principais reforços do esquadrão de Tremembé para a temporada de 2013, craques
como José Dirceu, João Paulo Cunha e José Genoino ainda procuram cair fora do
campeonato nacional dos presidiários. A última jogada foi reivindicar a troca
do relator do processo: em vez de Joaquim Barbosa, preferem um ministro mais
generoso. Um Ricardo Lewandowski seria o ideal. Mas aceitam um Dias Toffoli.
É como se um time já derrotado quisesse, a
dois segundos do fim da prorrogação, expulsar o juiz e entregar o apito a um
bandeirinha de confiança. Haja cinismo.
Fonte: "Direto ao Ponto"
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