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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Apelidos bizarros nas campanhas eleitorais

Por Lélia Fernandes
Todo período de eleição eu me divirto, colecionando os apelidos dos candidatos inscritos no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Alguns destes apelidos são exóticos, depreciativos e pejorativos. A criatividade do brasileiro é fantástica!
Os apelidos vêm desde os tempos bíblicos e até hoje eles são usados na convivência humana. Eles são tão determinantes na identificação dos seus portadores, que muitos deles já foram incorporados à sua assinatura, a exemplo de Luís Fernando de Fabinho  Araújo Lima, Luís Inácio Lula da Silva...
Alguns deles ganharam fama, através da popularidade que alcançaram na sociedade. Em nível nacional, citamos: Pelé, Gugu, Popó, Zezé de Camargo, Tatau e em Feira de Santana destacamos: Zé Coió, Chico Caipira, Pipiu etc.
Outros se sobressaem nas diversas profissões, caracterizando seu perfil por analogias, ou de forma lúdica, para manter um clima de alegria onde trabalha. Sem se falar nos pseudônimos, usados principalmente entre artistas, literatos, cronistas sociais: Asa Filho, Saulo Daqui, Batatinha...
Nas minhas pesquisas sobre apelidos, de um modo geral, onde encontrei o maior número deles foram entre os jogadores, motoristas, radialistas e candidatos políticos, que é o tema deste artigo, porque eles se tornam públicos, divulgados através da propaganda política nos meios de comunicação: TV, rádio, jornais, panfletos, "santinhos",  "out door", cavaletes etc.
Os apelidos mais comuns são gerados, principalmente no trato familiar, para externar a afetividade entre seus membros, são os chamados pela onomástica, de hipocorísticos: Lulinha, Pedrinho Pepê, Neinha, Bira, Gueu, Bené, Litinho, Tio Ciro, Zé Painha, Nia (masculino), Filó (masculino), Tio Beto, Tio Bico, Sebastião Bastinho, Tozinho, Fatinha,  Sika, Nô, Lupinho, Didio, Dadinho, Gerso Mainha, Bimbim, Nenca, Bequinho, Tê, Lau,  Jha, Dito, Edson Pepé, Nena (masculino), Tozinho, Liliu.
Uns são identificados pela profissão que exercem ou setor de trabalho: João do Boi, João do Posto, Caroço Moto Táxi, Xande do Frango, Nelson da Dengue, Cantor Paulo Roque, Dr. Coi, Bahia do Ônibus, Chico do Banco, Liro da Farinha, Zé do Churrasco, Paulão do Caldeirão,  Rosa Costureira, Índio Capoteiro,  Rita da Farmácia, Juquinha do Trenzinho, Jorginho do Bafo, Alzira Kibe Sfiha, Robeci da Vassoura, Claudio Palhaço Poeirinha, Tio da Foto, Jamelão da Poesia, Lanchonete, Padaria, Rei Momo, Xuxa Park, Arlindo Palhaço Seboso, Antônia do Pastel, Jucemir da Guarda, André do CRER, Galego do Cuscuz, Antônio do Salgadinho, Carlito do Peixe, Jace a Tia do Lanche, Vado Chaveiro, Avelina do Hospital da Mulher, Zé do Café, Izaque do Grupo Renascer, Renilda Agente de Trânsito, Alex Civil, Índio da SEC, Bar do Bispo, Franklin Papai Noel, Binha do Bahia, Irmão Pestana do Café, Tonho da Faca, Burrinha da Oficina, Shell, Joás da Teletron, Palhaço Pirulito, Gustavo da Caixa, Cícero do Elevador, Sardinha da Justiça, Binho Chaveiro, João da Quitanda, Nido da Padaria, Lacir do Trailler, Mazinho da Academia, Edna da Água, Custódio do Lixão, Ana do Tempero, Anselmo da Farmácia Maguila do Churrasco, Manuel do Pastel, Dodo da Dengue, Jaime do Hospital, Dema da Jussara, Arnaldo do Mutirão, Antônio da Eletrônica, Rodrigo da Ceral, Edvaldo Vigilante, Fabinho Produções, Junior da Xerox, Gera da Jussara, Galego do Sax, Germano do Sindicato, Lucinha da Rádio, Neto da Ceral, Manoel do Trevo, Noêmia do Sindicato, Nivaldo de Mata Limpa, Pedro do Trevo, Rosa Cabeleireira, Bia e o Povo, Biu da Rádio, Biu de Mata Limpa, Tadeu de Moquém,  Valber do Pastel, Cafu Garçom, Adriana da Academia, Doidim do Som, Boy do Serv Festa, Luzia do Titanic, Neguinho do Guaraná.
Há os que demonstram sentimentos patrióticos: Luizão Massagista Tetra Campeão, Gama Construindo a Cidadania, Seu Lúcio Raça Brasil.
Outros, certamente, recebem os epítetos, pelos traços fisionômicos ou características pessoais: Cabeção, Zé Baixim, Careca, Zoinho, Estátua Viva, Bocão, Galego, Seu Zé, China, Marrom, Seu Joel, John Lennon, Batman, João Banha, Véi, Leda Cigana, Tonhe Branco, Cau Preto, Dalmo Cabeça, Tom Zé, Albertão, Frei Damião, Vladão, Nêgo Cadete, Risadinha, Domingos Baixinho, Shirley Psoríase.
Ainda têm os cognomes desprovidos de sentido, que às vezes são depreciativos e até mesmo chegam a ser preconceituosos como: Banana, Chumbão, Pioca, Paço, Zona, Leo Kret, Sabá, Tudo Azul/ Cruzado, Mirunga, Totti Alceudispor, Renata do Bole-Bole, Zé Curica, Ailton Mô, Motinha, Tilopa,  Gude, Muquim, Zé Filé, Pelé Problema, Belau, Gaio, Carlos Goga, Istank, Bido, Passinho, Caxixi, ACC, Paulo Beca, Tigão, João Bililiu, Zeca Diabo, Tufão, Serginho Bbb, Pinto Louco, Cafezinho, Chicurinha, Cafuringa, Teta da Juventude, Gurita, Amenir Furacão, Homem Cueca, Chulé, Pai Gay, Furão, Babão, Chico Cafuringa, Toicin, Zé Curuca, Grampão, João Pião, Titela, Macarrão, Bolô, Côco, Sovaco, Parido, Ademir Mensalão, Cheiro do Povão, Divino Bosta Seca, Wilson do Saco Torto, Choca, Barriga, Saí, Jai a Nega Maluca, Silva Pontinha, Comando, Xuxa, Leguelé, Palhinha, Zé Rai, Claúdio Bule, Cazumbá King, Bilu de Sete de Abril. Mulher Perereca, Robson Charanga, Picite, Safrinha, Luiz Meladinho, Márcio Terror, Suavinho, Barney, Carunchão, Cigano Cacareco, Nilton Gaiola, Jiló, Boka, Porreta da Mata Escura, Dico Maradona, Irene Irê, Pitbit Ca, Cagado, Ninguém, Chokito, Boneco, Zé Painha, João Radiola, Arroz, Tita Eletista, Sol Fortunata, Xota Oi Meu Bem, Moto Rosa, Zezinho Merda, Socó, Claudio Bule, Neco, Teda,  Joel Cueca, Pé de Cana, José Rôla, Paulinho Babydol, Pedro  Precheca, Raimundo Violeira, Glaúcia Marrequinha, Chica Chiclete, Reka, De Lua, Mil Coisas, Magnólia Bereguedê, Grampão, Pio, Poluição, Jorge Boronga,  China Estamos Juntos, Marquinho Brow e Robson Chico Mé, Barqueta, Lecão, Hilda Furacão, Chacha, Fina, Biduca, Tyeta do Forró, Ginho da Cobé, Maurício Peixe, Parazão, Cabeção, Marcelo Tchakabum, Bigode, Fabinho Jesus Arco-íris, Mestre Fumaça, Divino Bosta de Vaca, Sandro Foguinho, Bolacha, Gilvan Luiz do Sem Nome, Homem Caju, Gomes o Padim Ciço do ICASA, Bixa Muda, Rodrigo Gazela, Severo Bate Coxa, Xandy do Trans Bêbado, Minhocão do Apocalipse
Há os que são identificados por nomes de animais: Boi, Peixe, Barata Obama, Foca, Capa Gato, Peixe Podre, Jacaré, Cavalinho, Coruja, Gato, Bira do Jegue, Mestre Macaco, Dudu Bodinho, Marcelo Bodão, Burrinho Burro Fujão, Gato a Jato, Animal das Pistas,
Para identificar o local em que residem: Leque de Aroeira, João do Saco, Zil de Barreiro, Baixa Fria, Fábio de Humildes, Jaime Preto do Bairro, Adelson do Escoval, Serrinha, Erivaldo Cabaceira, Romildo da Olho de Águia, Kardinho da Boa Espera, Bebeto Piatã, Alemão do Paiva.
Os apelidos demonstram também o grau de  parentesco ou de familiaridade entre as pessoas: Adriano de Foinha, Alan de Kekeu, Lucy de Maguinho, Neném de Vidal, El de Celé, Mi de Vadé, Zé de Zulão,  Isaías de Diogo, Djalma de Arnol, Cezar de Corina, Jorge de Chica,
Os vaidosos, desprovidos de modéstia: Tunico o Amigo do Povo, Arnóbio Gostosinho, Maria Gostosa, Magal um Cara Legal, Albertina Chuchu, Luciano Melhor Opção, Meu Nobre, Popular Milton, Carlos o Amigo, Paul das Girls, Itamar a Potência, Sangue Novo, Antônio do Povo, Bakana, Larissa a Dentista do Bem, Brancão sem Preconceito, Estrela que Pista, Carisma.
Por outro lado, há alguns que o portador os carrega até à sepultura e  depois da morte ainda são reconhecidos como tal: Chico Caipira, Oscar Tabaréu, João do Ouro, Dôte, Mestre Narciso...
O incrível dos apelidos é que todos estes são registrados e reconhecidos pelos seus amigos e correligionários.
O uso destes apelidos, certamente  causará grande constrangimento aos vereadores ao usar esta saudação: "Excelentíssimo Sr. Vereador Capa Gato" e assim por diante.
* Lélia Vitor Fernandes de Oliveira é pesquisadora

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