Soluções arquitetônicas simples ajudam a contornar a baixa
umidade do ar, que deixa a população em estado de alerta
Por ser mais fácil de
limpar, a arquiteta Sandra Diniz sugere o uso de persianas nos espaços
Foto: Daniel Mansur
Os moradores de Belo Horizonte e região metropolitana receberam um alerta
da Defesa Civil: a umidade relativa do ar pode atingir níveis inferiores a 30%,
o que é considerado muito baixo. O inverno, de fato, sempre foi a estação mais
seca do ano, para a maior parte do Brasil. O que assusta é a constatação de que
a capital mineira está cada vez mais quente e seca. Nos últimos cem anos, a
umidade relativa do ar caiu 7% e a temperatura média subiu, 1,5ºC. Os motivos
são vários, mas a verticalização acelerada da cidade parece despontar como o
principal.
Diante dessa realidade, que parece refletir uma tendência mundial, a
sociedade se vê na obrigação de agir em duas frentes: a primeira é se empenhar
para conter a urbanização desenfreada e apresentar soluções sustentáveis. A
segunda é amenizar os efeitos do estrago que já foi feito, se cercando de
cuidados que previnam doenças ocasionadas pela estação.
Neste sentido, profissionais de arquitetura procuram orientar seus
clientes dando dicas simples. "Os materiais como tecidos, tapetes, dentre
outro, facilitam o acúmulo de ácaros e favorecem o desenvolvimento de doenças
respiratórias nessa época do ano", lembra a arquiteta Sandra Diniz. Para
não correr riscos Sandra sugere materiais mais apropriados. "O couro, seja
ele natural ou sintético, é uma boa opção para a forração de estofados. Sua
manutenção e limpeza são fáceis. Para o caso das cortinas, as persianas podem
ser consideradas uma boa opção, pois sua limpeza é mais fácil. Se a opção for
cortinas em tecido, opte por tecidos laváveis, de preferência sintéticos, que
permitem a constante lavagem, até mesmo em casa".
Segundo ela, não apenas no projeto de interiores, mas em toda a
construção é preciso estar atento a determinados detalhes. Com relação aos
materiais de acabamentos, por exemplo, o importante é que sejam materiais que
possibilitem limpeza, independentemente do seu uso ser aplicado nos armários,
pisos, alvenarias ou até mesmo nas fachadas.
Outra solução eficaz apresentada pela arquiteta diz respeito ao
microclima dos ambientes. "O uso de espelhos d'água, seria um dos recursos
arquitetônicos mais plausíveis de uso, mas o ideal ainda é o uso de
umidificadores de ambientes". A arquiteta, no entanto, faz um alerta:
"O que realmente poderia fazer algum efeito, mas a logo prazo, seria muito
ligado ao urbanismo, como uma ocupação do solo com leis mais rigorosas".
(Com informações de Ana Paula Horta e Fernanda
Pinho, da Mão Dupla Comunicação)
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