Por Samuel Celestino
O PT experimenta, depois de sua ascensão com Lula em
2002, um período de dificuldades que pode ser extrema, ou não, a depender da
campanha eleitoral em andamento. O partido não vai bem em, praticamente, boa
parte do País. Está mal nas grandes cidades e capitais, dentre as quais se
incluem as nordestinas, como Fortaleza, Recife e Salvador. Pelo menos até aqui.
O deputado Antônio Imbassahy percebe um processo de fadiga envolvendo o PT, o
aparelhamento dos governos com militantes e sindicalistas em detrimento de
técnicos e gestões bem conduzidas. Alem do quê, o PT deixou-se tomar pela
corrupção, "malfeitos" segundo Dilma, como está a comprovar o julgamento do
mensalão pelo Supremo que, dos seis votos manifestados até aqui, quatro foram
pela condenação dos réus. Estamos apenas no início, é certo, mas dentre os
nomes na corda bamba, sujeito à prisão, está João Paulo Cunha, ex-presidente da
Câmara dos Deputados.
Entre muitos petistas no grupo de mensaleiro, ele não se
destaca dentre os que carregam um peso maior pelos "malfeitos" praticados. Já
Lula não atravessa um bom momento. Pode virar porque é carismático, mas não dá
para compreender quem disse à imprensa americana, no último final de semana,
que o mensalão "é uma invenção", enquanto aqui o Supremo Tribunal Federal
condena.
O partido está longe do seu auge e cai com maior celeridade do que se
esperava, embora possa ainda virar porque a campanha eleitoral gratuita está
apenas no início. Enfim, Imbassahy parece estar certo no que diz: fadiga somada
ao que não se admitia num partido que emergiu falando em mudanças éticas e
gestões marcadas pela honestidade no trato do erário público e na condução de
uma revolução administrativa.
Fonte: "Bahia Notícias"
Um comentário:
Pena que aqui na minha cidade, o candidato petista esteja disparado na frente. Vai ser difícil virar isso aí.
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