Presente no cotidiano das pessoas, nas mais variadas formas,
o aço exerce papel importante no desenvolvimento do país, sobretudo, de Minas
Gerais. Mas esse material possui outra faceta: ganha vida, em forma de arte,
contornos e brilho nas mãos de quem tem a aptidão para transformar
O aço alimenta a indústria, mas também a imaginação do artista, que cria
formas delicadas, se contrapondo à robustez do material
Jocimar Tavares trabalha com a chapa metálica como se fosse uma folha em branco. E tal como numa folha em branco, naquele pedaço de material é permitido tudo o que a imaginação desejar
Fotos: Divulgação
Jocimar Tavares trabalha com a chapa metálica como se fosse uma folha em branco. E tal como numa folha em branco, naquele pedaço de material é permitido tudo o que a imaginação desejar
Fotos: Divulgação
Em Minas Gerais, estão concentradas as maiores reservas de minério de
ferro e, consequentemente, as principais empresas do setor siderúrgico. O
Quadrilátero Ferrífero, inclusive, é a região mais rica do Estado e principal
produtora de minério de ferro do Brasil. Nem precisa ser de Minas para saber
que essa relação Minas/aço é bastante próxima. Uma relação, às vezes, até
íntima. Como é o caso de alguns artistas mineiros que transforma esse material
em obras de arte singulares.
É o caso de Jocimar Tavares, artista plástico natural de Uberlândia,
Minas Gerais. “Minha família tem uma empresa de revenda de chapas metálicas e
outros produtos de aço, então, cresci nesse ambiente, tendo muita familiaridade
com esse material. Tanto que comecei a fazer placas decorativas para fazendas,
portas, vasos de paredes entre outros”, conta.
Mas esse processo, segundo Jocimar, era muito mecanizado. Então, ele
iniciou um trabalho mais manual, produzindo peças de caráter abstrato. “Comecei
a fazer recortes à mão livre e montei minhas primeiras esculturas”, lembra. A
partir daí, ele não parou mais. A paixão pela arte foi aumentando e Jocimar se
aperfeiçoando. Hoje, o artista já tem um sólido trabalho realizado.
"À primeira vista, a ideia que se tem do aço é de resistência, frieza e
até certa brutalidade. Para mim, o encantador desse material é que, mesmo
assim, consegue-se extrair dele leveza e formatos, basta ter criatividade e um
pouco de sutileza. Essa transformação é a essência do meu trabalho, aquilo que
motiva e traz felicidade", destaca Jocimar.
O artista descreve como são as etapas do seu trabalho: "Primeiro pego os
pedaços de chapa de aço, como se fossem minha folha de papel em branco, então,
vou rabiscando na própria chapa meus traços. Tudo isso pensando nas formas que
desejo dar a escultura, por meio da junção desses pedaços. Em seguida, faço os
recortes usando um tipo de maçarico chamado plasma. Esse processo é todo feito
à mão livre".
Depois de vários passos seguidos com muita disciplina, a escultura de
Jocimar começa a ganhar forma. É hora de outro processo, que merece atenção
redobrada - a soldagem das partes. Só depois as peças podem ganhar cores, por
meio de tinta ou queimando o aço inox, procedimento mais trabalhoso, já que
para obter os tons desejados deve-se introduzir ácidos oxidados ou iniciar mais
uma fase: o polimento.
"O aço tem um brilho próprio muito distinto e, por mais que se tente, tinta alguma consegue reproduzi-lo", encerra o artista plástico.
(Com informações de Ana Paula Horta e Fernanda Pinho, da Mão Dupla Comunicação)
"O aço tem um brilho próprio muito distinto e, por mais que se tente, tinta alguma consegue reproduzi-lo", encerra o artista plástico.
(Com informações de Ana Paula Horta e Fernanda Pinho, da Mão Dupla Comunicação)
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