Por Carlos Brickmann
1 - Fernando Cavendish, dono da empreiteira Delta à
época dos fatos investigados, não foi chamado para depor.
2 - O governador fluminense Sérgio Cabral, do PMDB, amigo
de Cavendish a ponto de pegar um avião emprestado para ir a seu aniversário em
Porto Seguro, não foi chamado a depor.
3 - O deputado petista Cândido Vacarezza, da tropa de choque
governista, um dos caciques do partido em São Paulo, foi filmado passando um
torpedo para o governador fluminense Sérgio Cabral, do PMDB, garantindo que ele
não seria alcançado pela CPI. Como disse Vacarezza (seguindo, aliás, as normas
gramaticais tipo "nós pega os peixe", endossadas por seu candidato a
prefeito de São Paulo, o então ministro Fernando Vaiddad): "a relação com
o PMDB vai azedar na CPI. Mas não se preocupe, você é dos nossos e nós somos
dos teu".
4 - O PT queria torpedear o governador goiano Marconi Perillo,
do PSDB, poupando o fluminense, Sérgio Cabral, do PMDB, e o brasiliense, Agnelo
Queiroz, do PT. Queria atingir a imprensa (Veja) e o procurador-geral da
República, Roberto Gurgel, acusador no julgamento do Mensalão.
O PMDB, mais velho, mais sábio, mais experiente, sabe
que as coisas não acontecem assim: pau que dá em Chico dá em Francisco, o cipó
de aroeira bate no lombo de quem mandou dar, etc.
O alto comando do PMDB, reunido por José Sarney e
Renan Calheiros, vetou a besteira. O PMDB acha que a CPI foi um erro e é melhor
enterrá-la.
Fonte: "Blog do Noblat"
Um comentário:
Está claro que alguém(não governista) pagará dobrado, pelos protegidos que serão blindados pela gente do governo federal. Todo o cuidado será pouco. Uma CPMI onde a maioria dos componentes é governista, esperavam o quê?
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