Por Reinaldo Azevedo
Costumo dizer que, quando a imprensa é ruim, o mal que causa à política é superior àquele causado pelos maus políticos. Por quê? Porque ela é o espaço da crítica necessária. Se não é feita, como é que ficamos?
A cobertura sobre o tal programa de Dilma de combate à miséria é indecorosamente desmemoriada. Ah, muito bem!, a então candidata afirmou que faria um programa de erradicação da miséria. Criou até um lema discutível, mas vá lá: "País rico é país sem pobreza". Ok.
Pois bem. Quem, neste imenso país, imaginava que existiam ainda no Brasil 17 milhões de pessoas com renda per capita de até R$ 70 por mês, aí incluídas quase 5 milhões que teriam renda igual a zero (isso não existe, sei bem, mas certamente é quase nada)?
Então houve uma brutal incompetência na implementação do Bolsa Família, não é isso? Convenham: os nossos parâmetros para definir o que são miséria e pobreza já são largos pra chuchu. Desses "humanistas" de esquerda, afinal, sempre espero mais generosidades. Dizer que alguém sai da miséria absoluta com R$ 75 por mês, por exemplo - já que a linha de corte é R$ 70 -, é coisa de poetas nefelibatas, certo? E os pobres de Marcelo Neri, da FGV? São aqueles com renda per capita abaixo de R$ 151. Com R$ 152, já está acima da tal linha. "São critérios econômicos, seu idiota!" Sim, eu sei. É que fico aqui imaginando a vida de um "não-pobre" administrando, sei lá, R$ 166,10 mensais - valor 10% superior aos R$ 151. Onde mora? Como vive? Como estuda? Como dorme? O que come? Como deve ser "não ser pobre" nessas circunstâncias?
Mas voltemos ao ponto. Dilma está sendo exaltada - estaria cumprindo promessa de campanha! -, então, porque o governo Lula, de que ela foi a chefona, lhe deixou como herança, a despeito de toda aquela discurseira, 17 milhões com renda per capita de até R$ 70?
Pois é…
A cobertura sobre o tal programa de Dilma de combate à miséria é indecorosamente desmemoriada. Ah, muito bem!, a então candidata afirmou que faria um programa de erradicação da miséria. Criou até um lema discutível, mas vá lá: "País rico é país sem pobreza". Ok.
Pois bem. Quem, neste imenso país, imaginava que existiam ainda no Brasil 17 milhões de pessoas com renda per capita de até R$ 70 por mês, aí incluídas quase 5 milhões que teriam renda igual a zero (isso não existe, sei bem, mas certamente é quase nada)?
Então houve uma brutal incompetência na implementação do Bolsa Família, não é isso? Convenham: os nossos parâmetros para definir o que são miséria e pobreza já são largos pra chuchu. Desses "humanistas" de esquerda, afinal, sempre espero mais generosidades. Dizer que alguém sai da miséria absoluta com R$ 75 por mês, por exemplo - já que a linha de corte é R$ 70 -, é coisa de poetas nefelibatas, certo? E os pobres de Marcelo Neri, da FGV? São aqueles com renda per capita abaixo de R$ 151. Com R$ 152, já está acima da tal linha. "São critérios econômicos, seu idiota!" Sim, eu sei. É que fico aqui imaginando a vida de um "não-pobre" administrando, sei lá, R$ 166,10 mensais - valor 10% superior aos R$ 151. Onde mora? Como vive? Como estuda? Como dorme? O que come? Como deve ser "não ser pobre" nessas circunstâncias?
Mas voltemos ao ponto. Dilma está sendo exaltada - estaria cumprindo promessa de campanha! -, então, porque o governo Lula, de que ela foi a chefona, lhe deixou como herança, a despeito de toda aquela discurseira, 17 milhões com renda per capita de até R$ 70?
Pois é…
Um comentário:
Pois é, são quase 8% da população de pobres da gema! E quem é que exalta o governo petista? Os que consumiram horrores, a pedido do petralhão, hoje sendo inadimplentes, mas tendo ajudado o cara prá que não houvesse tsunami e ganhando o "título" de brasileiro classe "C". Não deixariam de comer, de viver, sem o benefício, mas o usaram prá ajudar o govêrno, enquanto os que realmente passam fome e privações diversas, vão de mal a pior. E a imprensa esfriou, sumiu mesmo e eu só queria entender de quanto é o benefício oferecido a muitos dêles.
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