Sérgio Furquim, Maurício Ferreira e Helcônio Almeida, diretores do IAF
Foto: Bahia Já
Em encontro com um grupo de jornalistas da área econômico na sexta-feira, 18, o diretor presidente do Instituto dos Auditores Fiscais da Bahia (IAF), Helcônio Almeida, afirmou que o contingenciamento no orçamento anunciado pelo Governo do Estado no valor de R$ 1.06 bilhão para o ano de 2011 revela que a Bahia não tem acompanhado a performance de outros estados brasileiros e do Nordeste, em especial, e sua capacidade de investimentos com recursos próprios será praticamente nula.
Para Helcônio, o anúncio do contingenciamento é mais uma peça de retórica, "porque o dinheiro do Governo Federal não viria mesmo" e a Bahia, ao longo desses últimos quatros anos, tem se mostrado com pouca eficiência no seus sistema de arrecadação de tributos. "A Bahia é o único Estado do Nordeste que não conseguiu acompanhar o crescimento de arrecadação de outros estados da Federação", comenta.
Em janeiro, segundo projeções do IAF, a Bahia arrecadou de ICMS (imposto mais importante do Estado) R$1 bilhão e menos de 100 milhões, o que representou (-1% atualizado pelo IPCA) do que janeiro de 2010, que foi da ordem de R$ 1.1 bilhão. Outro detalhe: a conta petróleo que era maior do que comércio, até 2006, representou no ano de 2010, um total de arrecadação de ICMS da ordem de R$ 2.5 bilhões; enquanto o comércio saltou para R$ 4.5 bilhões.
Na área industrial que chegou a R$ 1.67 bilhão em 2008, antes da crise de 2009, manteve o equilíbrio em 2009 com R$ 1.63 bi, e retomou um crescimento tímido para R$ 1.9bi, o que representa pouco menos de R$ 300 milhões de acréscimo, em 2010, o que caracteriza ausência de novos projetos produtos em curso.
Ainda segundo os técnicos do IAF, análise feita por seu diretor Econômico, Sérgio Furquim, também presente ao encontro, não há um desequilíbrio financeiro nas contas do Estado, mas, pairam algumas suspeitas sobre números, uma vez que o Demonstrativo de Disponibilidade de Caixa da Sefaz aponta um superavit de R$ 1 bilhão.
Furquim diz que "portanto, alguma coisa não está batendo porque se existe superavit não se justificaria um corte como o que foi anunciado".
Sem fazer críticas diretas aos secretários Carlos Martins, da Fazenda, e James Correia, da Indústria e Comércio, os técnicos do IAF entendem que eles são "gente boa", mas, a Bahia está carecendo de políticas mais consistentes na Fazenda e na captação de novos investimentos industriais para o Estado, com perdas de espaços para Pernambuco e Ceará, especialmente.
Segundo Maurício Ferreira, diretor de Comunicação do IAF, também presente ao encontro, a afirmativa do governo do que parte do corte teria sido motivado pela perda de R$ 300 milhões do FPE não tem sentido.
"Nosso objetivo, da direção do IAF, é colaborar com a Bahia, com o governo se formos à mesa para mostrar as nossas ideias, mas, da forma como as coisas estão se processando, vamos perder ainda mais espaço para outros estados da federação".
Encontro
O diretor presidente Helcônio Almeida completa que o IAF não produz números e sim analisa os indicadores oficiais (números) da Sefaz e a entidade vai continuar fazendo críticas pontuais sobre o desempenho do governo, como fez recentemente sobre a bitributação de produtos comprados pela Internet, e dando sugestões, apresentando projetos e outros, como aconteceu com a tarifa social da energia e o Refis.
"Agora, temos mais de quatro anos solicitando uma audiência ao governador Wagner para mostrar as nossas ideias, a nossa versão para a Sefaz e para a Bahia, mas, infelizmente não fomos recebidos sequer por um assessor", diz, situando que o governo, que se diz republicano, poderia estabelecer uma tertúlia entre os técnicos do IAF x os técnicos da Sefaz com intermediação de uma equipe de economistas de fora da Bahia e daí tirar as suas conclusões e aproveitar o melhor para a Bahia.
Ainda segundo Helcônio, do jeito que as coisas vão, se não forem tomadas algumas providências a tendência é piorar, "perder o bonde da história".
Fonte: "Bahia Já"
Para Helcônio, o anúncio do contingenciamento é mais uma peça de retórica, "porque o dinheiro do Governo Federal não viria mesmo" e a Bahia, ao longo desses últimos quatros anos, tem se mostrado com pouca eficiência no seus sistema de arrecadação de tributos. "A Bahia é o único Estado do Nordeste que não conseguiu acompanhar o crescimento de arrecadação de outros estados da Federação", comenta.
Em janeiro, segundo projeções do IAF, a Bahia arrecadou de ICMS (imposto mais importante do Estado) R$1 bilhão e menos de 100 milhões, o que representou (-1% atualizado pelo IPCA) do que janeiro de 2010, que foi da ordem de R$ 1.1 bilhão. Outro detalhe: a conta petróleo que era maior do que comércio, até 2006, representou no ano de 2010, um total de arrecadação de ICMS da ordem de R$ 2.5 bilhões; enquanto o comércio saltou para R$ 4.5 bilhões.
Na área industrial que chegou a R$ 1.67 bilhão em 2008, antes da crise de 2009, manteve o equilíbrio em 2009 com R$ 1.63 bi, e retomou um crescimento tímido para R$ 1.9bi, o que representa pouco menos de R$ 300 milhões de acréscimo, em 2010, o que caracteriza ausência de novos projetos produtos em curso.
Ainda segundo os técnicos do IAF, análise feita por seu diretor Econômico, Sérgio Furquim, também presente ao encontro, não há um desequilíbrio financeiro nas contas do Estado, mas, pairam algumas suspeitas sobre números, uma vez que o Demonstrativo de Disponibilidade de Caixa da Sefaz aponta um superavit de R$ 1 bilhão.
Furquim diz que "portanto, alguma coisa não está batendo porque se existe superavit não se justificaria um corte como o que foi anunciado".
Sem fazer críticas diretas aos secretários Carlos Martins, da Fazenda, e James Correia, da Indústria e Comércio, os técnicos do IAF entendem que eles são "gente boa", mas, a Bahia está carecendo de políticas mais consistentes na Fazenda e na captação de novos investimentos industriais para o Estado, com perdas de espaços para Pernambuco e Ceará, especialmente.
Segundo Maurício Ferreira, diretor de Comunicação do IAF, também presente ao encontro, a afirmativa do governo do que parte do corte teria sido motivado pela perda de R$ 300 milhões do FPE não tem sentido.
"Nosso objetivo, da direção do IAF, é colaborar com a Bahia, com o governo se formos à mesa para mostrar as nossas ideias, mas, da forma como as coisas estão se processando, vamos perder ainda mais espaço para outros estados da federação".
Encontro
O diretor presidente Helcônio Almeida completa que o IAF não produz números e sim analisa os indicadores oficiais (números) da Sefaz e a entidade vai continuar fazendo críticas pontuais sobre o desempenho do governo, como fez recentemente sobre a bitributação de produtos comprados pela Internet, e dando sugestões, apresentando projetos e outros, como aconteceu com a tarifa social da energia e o Refis.
"Agora, temos mais de quatro anos solicitando uma audiência ao governador Wagner para mostrar as nossas ideias, a nossa versão para a Sefaz e para a Bahia, mas, infelizmente não fomos recebidos sequer por um assessor", diz, situando que o governo, que se diz republicano, poderia estabelecer uma tertúlia entre os técnicos do IAF x os técnicos da Sefaz com intermediação de uma equipe de economistas de fora da Bahia e daí tirar as suas conclusões e aproveitar o melhor para a Bahia.
Ainda segundo Helcônio, do jeito que as coisas vão, se não forem tomadas algumas providências a tendência é piorar, "perder o bonde da história".
Fonte: "Bahia Já"
Um comentário:
E o maior responsável por tudo isto, é o povo que insistiu em se manter com os olhos fechados, depois de 4 anos de desgovêrno de JWagner, só prá atender ao pedido do petralhão.
Já pensou, Dimas, se o gov não fôsse petista, como essa mesma gente estaria dizendo aquela ladainha sôbre o carlismo, etc e tal? Já experimentaram o progresso com o carlismo e agora o retrocesso com o petismo...a maioria não pode reclamar de nada.
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