Deu no "Blog Reinaldo Azevedo":
Título um tanto enigmático, não? Eu explico. O leitor que não é de São Paulo pode não saber - recorra à Internet: a imprensa paulista está submetendo as “obras de Serra” a um rigoroso escrutínio. O Rodoanel está sendo testado. Funciona? Não funciona? Está perfeito? É assim que se faz.
Quando eu dava aula de descrição aos estudantes, exigia, muitas vezes, exercícios de objetividade. Um ambiente não podia ser classificado de “moderno”, por exemplo. O que quer dizer “moderno”? Era preciso detalhar os objetos, os dados da realidade empírica, a atmosfera de elementos CONCRETOS que indicassem a tal modernidade. Imaginem se o jornalismo cultural fosse obrigado a seguir uma objetividade mínima…Uma casa nunca era “rica” ou “pobre”. Quais os elementos reais, fora da percepção subjetiva, que indicavam uma coisa ou outra?
Volto ao Rodoanel. Reportagem de um dos jornais diz que “falta indicar mais claramente as saídas”. Sou distraído com lugares, paisagens, essas coisas. Para mim, não bastam duas, cinco ou dez placas. Não prestarei atenção a nenhuma mesmo! Nunca sei caminhos. Como diz Dona Reinalda, estou sempre perguntando “se estamos na (avenida) Vergueiro”, hehe. Essa mulher é o meu Norte, meu Sul, meu Leste, meu Oeste, como num antigo poema irlandês…
O que quer dizer “falta indicar mais claramente as saídas”? Nada! O repórter pode ser apenas um atrapalhado, como sou. Mas tudo bem. Para ser rigoroso com as obras de Serra, vale até a subjetividade. Não estou criticando, não! Acho bacana o rigor. Também as novas pistas da Marginal Tietê estão sob severa avaliação. E foram avaliadas logo num começo de feriadão. É isto: o jornalismo não pode cair na conversa de Serra, não é mesmo?
Tudo excelente! O candidato do PSDB à Presidência excita o rigor dos repórteres e dos editores. Que coisa boa!!!
Acrescento a essa realidade óbvia uma pergunta: “E o funcionamento das obras de Lula e Dilma, das que existem ao menos? Quem avalia? Como anda o propalado “novo modelo” de administração privada das estradas federais? Dilma - e o jornalismo também - bateu bumbo para o que seria uma novidade. Está funcionando? As estradas estão em bom estado? As obras de duplicação estão sendo feitas?
VEJA deu uma chegadinha, por exemplo, na Universidade (Federal) do ABC. Há seis alunos para cada professor - creio que uma relação inédita no mundo. A evasão escolar é de espantosos 46%. Leiam a reportagem. Cito apenas um caso emblemático. Há uma pilha de problemas.
Reitero: nada contra o rigor ao avaliar as “obras de Serra”. É saudável ser assim rigoroso. É uma pena, no entanto, que as obras de Lula e Dilma (?) nunca tenham sido avaliadas no detalhe. Num artigo publicado hoje na Folha, Márcio Aith dá conta da penúria da infraestrutura no Brasil. E seu texto certamente terá surpreendido muita gente. Afinal, Lula se esforça tanto, não é?, trabalha “como um desgraçado” (para citar sua retórica elegante), exalta tanto os próprios feitos, que vai ver tudo aquilo que diz de sua gestão seja verdade…
É claro que há a hipótese pouco virtuosa para o fenômeno que aponto. Em vez de a gente estar diante do rigor jornalístico que Serra desperta, pode ser apenas o espírito de porco do petismo operando com dois pesos e duas medidas. Afinal, dia desses, li um perfil, digamos, político-intelectual de Bebel. Esta senhora era classificada até de “pessoa articulada”… Num outro caso, a sua pergunta bucéfala - “Se Serra pode ser do PSDB, por que não posso ser do PT?” - ganhou ares de indagação quase metafísica.
Quando eu dava aula de descrição aos estudantes, exigia, muitas vezes, exercícios de objetividade. Um ambiente não podia ser classificado de “moderno”, por exemplo. O que quer dizer “moderno”? Era preciso detalhar os objetos, os dados da realidade empírica, a atmosfera de elementos CONCRETOS que indicassem a tal modernidade. Imaginem se o jornalismo cultural fosse obrigado a seguir uma objetividade mínima…Uma casa nunca era “rica” ou “pobre”. Quais os elementos reais, fora da percepção subjetiva, que indicavam uma coisa ou outra?
Volto ao Rodoanel. Reportagem de um dos jornais diz que “falta indicar mais claramente as saídas”. Sou distraído com lugares, paisagens, essas coisas. Para mim, não bastam duas, cinco ou dez placas. Não prestarei atenção a nenhuma mesmo! Nunca sei caminhos. Como diz Dona Reinalda, estou sempre perguntando “se estamos na (avenida) Vergueiro”, hehe. Essa mulher é o meu Norte, meu Sul, meu Leste, meu Oeste, como num antigo poema irlandês…
O que quer dizer “falta indicar mais claramente as saídas”? Nada! O repórter pode ser apenas um atrapalhado, como sou. Mas tudo bem. Para ser rigoroso com as obras de Serra, vale até a subjetividade. Não estou criticando, não! Acho bacana o rigor. Também as novas pistas da Marginal Tietê estão sob severa avaliação. E foram avaliadas logo num começo de feriadão. É isto: o jornalismo não pode cair na conversa de Serra, não é mesmo?
Tudo excelente! O candidato do PSDB à Presidência excita o rigor dos repórteres e dos editores. Que coisa boa!!!
Acrescento a essa realidade óbvia uma pergunta: “E o funcionamento das obras de Lula e Dilma, das que existem ao menos? Quem avalia? Como anda o propalado “novo modelo” de administração privada das estradas federais? Dilma - e o jornalismo também - bateu bumbo para o que seria uma novidade. Está funcionando? As estradas estão em bom estado? As obras de duplicação estão sendo feitas?
VEJA deu uma chegadinha, por exemplo, na Universidade (Federal) do ABC. Há seis alunos para cada professor - creio que uma relação inédita no mundo. A evasão escolar é de espantosos 46%. Leiam a reportagem. Cito apenas um caso emblemático. Há uma pilha de problemas.
Reitero: nada contra o rigor ao avaliar as “obras de Serra”. É saudável ser assim rigoroso. É uma pena, no entanto, que as obras de Lula e Dilma (?) nunca tenham sido avaliadas no detalhe. Num artigo publicado hoje na Folha, Márcio Aith dá conta da penúria da infraestrutura no Brasil. E seu texto certamente terá surpreendido muita gente. Afinal, Lula se esforça tanto, não é?, trabalha “como um desgraçado” (para citar sua retórica elegante), exalta tanto os próprios feitos, que vai ver tudo aquilo que diz de sua gestão seja verdade…
É claro que há a hipótese pouco virtuosa para o fenômeno que aponto. Em vez de a gente estar diante do rigor jornalístico que Serra desperta, pode ser apenas o espírito de porco do petismo operando com dois pesos e duas medidas. Afinal, dia desses, li um perfil, digamos, político-intelectual de Bebel. Esta senhora era classificada até de “pessoa articulada”… Num outro caso, a sua pergunta bucéfala - “Se Serra pode ser do PSDB, por que não posso ser do PT?” - ganhou ares de indagação quase metafísica.
Um comentário:
A gente já viu que prá Serra não haverá moleza alguma. Essa gang lulo-dilmista, composta de petistas e puxa-s de Lula, estará a postos 24 horas por dia fiscalizando tudo o que fôr feito em nome de Serra, torcendo prá que nada dê certo. Marcação braba!
O mais incrível, é que raramente vemos na mídia alguma informação verdadeira sôbre as tantas "M" que a dupla infernal tem feito em nome dos tais PACs!! Serão todos comprados ou a mídia já não se importa mais com a verdade? Assim fica difícil, se até aquêles que deveriam ser os olhos do povo, se deixarem corromper, seja por qual cor partidária. Deveriam ser neutros e aderirem ao "Pau que dá em Chico, dá em Francisco".
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