Opção de transferência bancária para a Pessoa Física: Dimas Boaventura de Oliveira, Banco do Brasil, agência 4622-1, conta corrente 50.848-9

Clique na imagem

*

*
Clique na logo para ouvir


Pré-venda de ingressos

Pré-venda de ingressos
Pré-estreia no dia 02/10: 18 - 18h30 - 19h30 - 20h30 - 20h50 - 21h20; semana de lançamento de 3 a 9/10: 15h20, 17h50, 18h10, 20h40 e 21 horas

Lançamento nacional - Orient CinePlace Boulevard

Lançamento nacional - Orient CinePlace Boulevard
14 - 16h15 - 18h30 - 20h40 (Dublado)

sábado, 10 de abril de 2010

Na "Veja": "A construção de uma tragédia"

Por Reinaldo Azevedo
No Brasil, país livre de tsunamis, vendavais, vulcões e terremotos, a natureza não mata em massa. O que mata no Brasil é o populismo. As centenas de mortos que o Rio de Janeiro chora não foram vítimas das tempestades recordes que se abateram sobre a cidade. Foram vítimas da irresponsabilidade oficial, da demagogia de gerações de políticos e governantes que abriram picadas nas encostas instáveis da temerária topografia do Rio de Janeiro e de Niterói para ali instalar seus currais eleitorais.
Uma reportagem da presente edição de VEJA mostra que a ocupação das favelas cariocas aumentou em um ritmo 270% maior do que o crescimento populacional da cidade. Esse número é em si uma evidência eloquente de que as pessoas mais pobres não foram se encarapitar nos morros em consequência do empuxo demográfico natural ou pela simples incúria na aplicação das leis de ocupação do solo. Não. Elas foram correr risco de vida nos morros como resultado de uma criminosa “indústria da favelização”. Essa satânica estratégia política foi levada ao paroxismo nos anos 80 pelo governador Leonel Brizola e seu vice, Darcy Ribeiro, autor da tese, repetida com gosto pelos populistas, de que “favela não é problema, é solução”. Para os mortos do Rio houve apenas a “solução final” sob os escombros. Brizola, morto em 2004, chegou a proibir a entrada da polícia nas favelas, entregando poder total aos traficantes e a seus braços políticos, os cabos eleitorais.
Aqueles mananciais cativos de votos são açoitados sazonalmente pelas chuvas com danos humanos e materiais variáveis. Mas raramente isso tem resultado em tragédias de proporções dantescas como a da semana passada. O horror será suficiente para fazer reverter a indústria da favelização? Com a palavra a bancada de vereadores e deputados que continua empenhada em inchar as áreas de onde tira seus votos e em barrar qualquer tentativa de remoção dos favelados das áreas de risco. Um documentário colocado na internet (www.youtube.com/watch?v=QPGbzhOtHeg) celebra um Rio de Janeiro espetacular nos anos 30. As imagens funcionam como um sopro de esperança de que, com a racionalidade dos governantes e a vigilância dos eleitores, a antiga exuberância possa ser revivida.

Um comentário:

Mariana disse...

O pior foi ouvir o prefeito Jorge Roberto Silveira dizer que sabia que o Morro do Bumba, em Niterói, era um lixão e mesmo assim, permitiu o assentamento(ainda em sua gestão)de tantos moradores e ainda fez a urbanização, creches e escolas, em cima de todo aquêle lixo! Pior, os moradores ainda pagavam IPTU, o que continuou acontecendo e crescendo, na gestão passada com o prefeito petista Godofredo. Não quiseram dispensar todos aquêles votos.