Deu no "Blog Reinaldo Azevedo":
Ninguém tem o direito de ter dúvidas sobre o que considero ser o melhor para a democracia brasileira. Digo o que penso, tenho as minhas preferências, jamais sou ambíguo. Mas não pago mico! Quem leu atentamente o que escrevi sobre a pesquisa Datafolha viu que lá não havia torcida, mas análise. E também evidenciei aquela que considero a condição estrutural para que as oposições - e não Serra - tenham condições de ser bem-sucedidas: a união real, efetiva, entre São Paulo e Minas. Um candidato do governo, tenho insistido, nas condições dadas, é favorito. Um poste seria. Então Dilma também é. Jamais dourei a pílula.
Agora o festival de bobagens que “especialistas” em pesquisas publicam, tentando dar alcance teórico àquilo que não passa de torcida, é uma coisa fabulosa! O que mais me encanta é a solenidade com que se dizem as maiores batatadas. “O crescimento de Dilma indica que ela está se consolidando como candidata”. Uau!!! Será que coisas assim, quando expelidas, doem? “Serra apareceu com uma rejeição de 25%, e isso é um problema…” Ora bolas! Se ele for mesmo candidato, na hora do pega-pra-capar, a rejeição vai subir: o terço do eleitorado petista vai dizer que não vota nele de jeito nenhum! No mínimo! Como crescerá a de Dilma, porque um terço do eleitorado também não vota num petista nem debaixo de chicote! Não enquanto não houver chicote ao menos…
O tucano chegou a ter, se não me engano, 44% ou 45% dos votos no tempo em que se testavam nomes do PT então desconhecidos do eleitorado. De lá para cá, Lula fez a escolha, mobilizou a máquina, Dilma passou a ser a estrela única da legenda - depois do chefe -, e se esperava o quê? Que Serra continuasse a subir? Que ela ficasse nos 3%? Não sei se vocês notaram, mas praticamente se ignora o fato de que Dilma, hoje, já é conhecida por quase 90% do eleitorado. Boa parte da transferência de voto, tema sempre tão caro aos “analistas”, já pode ter acontecido.
É curioso também que os “analistas” se abstenham de falar do momento em que a pesquisa Datafolha foi feita. Não estou sugerindo complô, manipulação ou coisa parecida - até porque, quando quero fazê-lo, faço-o, não sugiro -, mas é evidente que não poderia ter havido momento pior para Serra e momento melhor para ela. As razões já foram explicitadas de sobejo. Mas essa, digamos, contextualização sempre aparece como argumento defensivo de oposicionistas, não como um dado da realidade.
E o que se tem como certo? A disputa ainda vai longe. Lembro de novo: Geraldo Alckmin saiu, em 2006, de uma patamar de 20% dos votos e chegou, no primeiro turno, a quase 42% - e contra ninguém menos do que “O Cara”.
Que a especulação corresse solta no dia seguinte à pesquisa, vá lá. Mas um pouco de moderação não há de fazer mal a ninguém. Imaginem que até fofoca de deputado no Twitter vira tema de reportagem.
Caso Serra decida disputar a eleição presidencial, alguns “analistas” já vão perder uma aposta. Caso venha, então, a vencer, aí será a desmoralização dos valentes. Confesso que a minha situação é bem mais cômoda: considero favorita, hoje e há já um bom tempo, a candidata em quem eu jamais votaria, sob nenhuma hipótese!
Isso me dá tranqüilidade para vislumbrar circunstâncias em que esse favoritismo, a sete meses da eleição, pode ser revertido. Se elas vão se dar ou não, aí não sei. Os que pretendem liquidar desde já a fatura, convertendo torcida em suposta análise técnica, ficam ansiosos: querem tirar logo Serra do caminho. A razão é simples: embora neguem, eles sabem com quem, e em que condições, estão as chances reais das oposições.
Ninguém tem o direito de ter dúvidas sobre o que considero ser o melhor para a democracia brasileira. Digo o que penso, tenho as minhas preferências, jamais sou ambíguo. Mas não pago mico! Quem leu atentamente o que escrevi sobre a pesquisa Datafolha viu que lá não havia torcida, mas análise. E também evidenciei aquela que considero a condição estrutural para que as oposições - e não Serra - tenham condições de ser bem-sucedidas: a união real, efetiva, entre São Paulo e Minas. Um candidato do governo, tenho insistido, nas condições dadas, é favorito. Um poste seria. Então Dilma também é. Jamais dourei a pílula.
Agora o festival de bobagens que “especialistas” em pesquisas publicam, tentando dar alcance teórico àquilo que não passa de torcida, é uma coisa fabulosa! O que mais me encanta é a solenidade com que se dizem as maiores batatadas. “O crescimento de Dilma indica que ela está se consolidando como candidata”. Uau!!! Será que coisas assim, quando expelidas, doem? “Serra apareceu com uma rejeição de 25%, e isso é um problema…” Ora bolas! Se ele for mesmo candidato, na hora do pega-pra-capar, a rejeição vai subir: o terço do eleitorado petista vai dizer que não vota nele de jeito nenhum! No mínimo! Como crescerá a de Dilma, porque um terço do eleitorado também não vota num petista nem debaixo de chicote! Não enquanto não houver chicote ao menos…
O tucano chegou a ter, se não me engano, 44% ou 45% dos votos no tempo em que se testavam nomes do PT então desconhecidos do eleitorado. De lá para cá, Lula fez a escolha, mobilizou a máquina, Dilma passou a ser a estrela única da legenda - depois do chefe -, e se esperava o quê? Que Serra continuasse a subir? Que ela ficasse nos 3%? Não sei se vocês notaram, mas praticamente se ignora o fato de que Dilma, hoje, já é conhecida por quase 90% do eleitorado. Boa parte da transferência de voto, tema sempre tão caro aos “analistas”, já pode ter acontecido.
É curioso também que os “analistas” se abstenham de falar do momento em que a pesquisa Datafolha foi feita. Não estou sugerindo complô, manipulação ou coisa parecida - até porque, quando quero fazê-lo, faço-o, não sugiro -, mas é evidente que não poderia ter havido momento pior para Serra e momento melhor para ela. As razões já foram explicitadas de sobejo. Mas essa, digamos, contextualização sempre aparece como argumento defensivo de oposicionistas, não como um dado da realidade.
E o que se tem como certo? A disputa ainda vai longe. Lembro de novo: Geraldo Alckmin saiu, em 2006, de uma patamar de 20% dos votos e chegou, no primeiro turno, a quase 42% - e contra ninguém menos do que “O Cara”.
Que a especulação corresse solta no dia seguinte à pesquisa, vá lá. Mas um pouco de moderação não há de fazer mal a ninguém. Imaginem que até fofoca de deputado no Twitter vira tema de reportagem.
Caso Serra decida disputar a eleição presidencial, alguns “analistas” já vão perder uma aposta. Caso venha, então, a vencer, aí será a desmoralização dos valentes. Confesso que a minha situação é bem mais cômoda: considero favorita, hoje e há já um bom tempo, a candidata em quem eu jamais votaria, sob nenhuma hipótese!
Isso me dá tranqüilidade para vislumbrar circunstâncias em que esse favoritismo, a sete meses da eleição, pode ser revertido. Se elas vão se dar ou não, aí não sei. Os que pretendem liquidar desde já a fatura, convertendo torcida em suposta análise técnica, ficam ansiosos: querem tirar logo Serra do caminho. A razão é simples: embora neguem, eles sabem com quem, e em que condições, estão as chances reais das oposições.
Um comentário:
Em sã consciência, eu também não conseguiria dizer que o povo está preferindo a sombra de Lula, porque até me sentiria mal. Lula, enganador, falastrão, tomou prá si a maioria de projetos de seu antecessor, mas paciência, êle sabe enganar, tem oratória que o povão gosta de ouvir(eu detesto), mas e ela? Nem isto! Como disse o escritor e poeta Ferreira Gullar, ela se mantem candidata e com uma aparente boa intenção de votos, por estar usando de mentiras deslavadas prá se sustentar diante dos eleitores que, infelizmente, poucos tem condições de perceber o engôdo. Mas daí a dizer que ela já ganhou, quando Serra ainda nem começou sua campanha, respeitando as leis que els não respeita, é um pouco demais. É a tal "informação" mentirosa, dada várias vêzes, sistematicamente, prá fazer com que os votos dos indecisos optem pelo voto útil.
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