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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

No Dia da Cidade, lembranças de Feira de Santana

Por Artur Renato Almeida, de São Paulo

Hoje, 18 de setembro de 2008, acordo nesta manhã fria e cinzenta da cidade de São Paulo, já lembrando que é Dia da Cidade de Feira de Santana. A minha terra natal completa hoje 175 anos de emancipação política. 175 anos de uma significativa e bela história.
Aproveito essa lembrança para reforçar os meus laços com Feira de Santana, para lembrar de fatos importantes da minha vida passados na Princesa do Sertão. Não se pode avançar esquecendo sua história.
Na minha cabeça passa um filme. Fico emocionado e começo a lembrar de trechos da minha infância e juventude em Feira de Santana. Ponho foco num ponto da cidade que muito me marcou nesse período. Para mim um pedaço sublime da cidade, composto pela Praça Padre Ovídio, Praça da Matriz, Rua da Aurora (Rua Desembargador Felinto Bastos) e Rua Direita (Rua Conselheiro Franco).
Na Praça Padre Ovídio nasci e passei significativa parte da minha vida. Ali brincava, me divertia e sofria também com os “lacerdinhas”, um insetinho preto que infestava as árvores da praça e quando caía nos olhos das pessoas causava um ardor terrível. Minha mãe, Odete Brito de Almeida, cuidadosa, sempre estava pronta a me socorrer.
A Prefeitura na época acabou com essa praga retirando as árvores que eram propícias ao desenvolvimento desses infernais bichinhos. A Praça da Matriz para mim sempre foi um ponto de reverência, de respeito. Da minha casa via a Igreja da Matriz de Nossa Senhora Santana, imponente, toda branca, que ali estava como a me passar uma mensagem sublime de que há limites na vida, de que há regras e exemplos magníficos a serem seguidos. Como era linda a Igreja de Santana à noite toda iluminada.
A Rua da Aurora representou um alvorecer para novos desafios fundamentalmente em termos de ampliação de amizades. Tinha vários parentes que viviam nessa comprida rua e pude visitando-os conhecer novas pessoas e fazer amigos. Na Rua Direita o meu saudoso pai Nozinho Almeida tinha o seu comércio e lá desde muito novo pude ter contato com o labor, com as noções de responsabilidade e de que é preciso mesmo enfrentar a vida e trabalhar duro na busca do bem viver.
“Recordar é viver”. Feira de Santana recordo sempre de ti, para principalmente viver. Torço muito pelo seu progresso, pelo seu progresso econômico e social. Aonde vou, aonde quer que eu esteja, tenho e sempre terei muito orgulho de dizer que sou filho de Feira de Santana. “Salve terra formosa e bendita”, que sua graça seja infinita.

Um comentário:

Anônimo disse...

Pois é Artur, como também acordei na manhãs frias e cinzentas da cidade de são Paulo, faço das suas, as minhas palavras; "Salve óh terra formosa e bendita, paraíso com nome de Feira" (Rafael Pinto)