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domingo, 5 de junho de 2011

"O que ainda falta para a demissão?"

Por Augusto Nunes

O rosto pálido, as mãos trêmulas, os lábios secos, a voz gaguejante, os pigarros interrompendo a frase como vírgulas bêbadas, a impossibilidade de consumar o gesto de agarrar o copo d’água ─ os incontáveis sintomas de nervosismo bastariam para transformar a entrevista concedida por Antonio Palocci à TV Globo numa confissão de culpa.

Mas o conteúdo foi pior que a forma: o chefe da Casa Civil não explicou nada. Enredou-se em fantasias desconexas, negou-se a revelar os nomes dos clientes, confundiu-se com números e porcentagens, buscou refúgio na amnésia malandra, inventou a única empresa do mundo que ganhou mais dinheiro quando resolveu fechar as portas.

Palocci naufragou num palavrório tão raso que, na imagem de Nelson Rodrigues, uma formiga conseguiria atravessá-lo com água pelas canelas.

Em 17 de julho de 2005, levado às cordas pelo escândalo do mensalão, o presidente Lula fez de conta que aprendera a lição antiga como o mundo: "A desgraça da mentira é que, ao contar a primeira, você passa a vida inteira contando mentiras para justificar a primeira que você contou", constatou numa entrevista ao Fantástico.

"Trabalhar com a verdade é muito melhor". O problema é que a verdade é incompatível com mitômanos e megalomaníacos. Portador das duas patologias, Lula seguiu contando um mentira atrás da outra. No momento, jura que o mensalão nem existiu.

Em 2006, no depoimento à Corregedoria do Senado, o caseiro Francenildo Costa repetiu, com sinceridade, a lição que Lula declamou por esperteza: "O lado mais fraco não é o do caseiro, é o da mentira", ensinou a vítima de Palocci. "Duro é falar mentira que você tem que ficar pensando. A verdade é fácil".

Como Lula, Palocci foi longe demais para reconciliar-se com a verdade. Vai seguir mentindo até a queda, que só falta agora ser formalizada.

Se foram essas as explicações oferecidas à Procuradoria-Geral da República, Roberto Gurgel não pode alegar que ainda não conseguiu enxergar com nitidez um traficante de influência instalado na chefia da Casa Civil.

Se o que tem a dizer é o que disse à Globo, a presidente Dilma Rousseff tem o dever de demiti-lo imediatamente. O que não pode ser repetido é o embuste desta sexta-feira.

Os brasileiros honestos não merecem ver pela segunda vez na TV, protagonizando o espetáculo do cinismo mal ensaiado, o homem que não merecia uma segunda chance.

2 comentários:

Mariana disse...

Tanto tempo de televisão jogado fora! E o meu, também!
Podem apagar a entrevista com o ministro "cara de bobão" mais esperto que o Planalto já teve. Deve estar na cartilha dêles, morrerem negando, sempre, nos vencendo pelo cansaço.
Dimas, quantas pessoas você conhece que, tendo participado das discussões sôbre os mensaleiros, por exemplo, ainda tem s... digo, paciência prá falar do assunto? Pois é, êles são que nem bambu, envergam mas não quebram. E hoje, estamos carentes de "heróis" na oposição, prá nos defenderem desses criminosos, que consigam serrar êsses bambus e acabar com a farsa dêles.

SERGIO OLIVEIRA disse...

Foi publicado:
"O Santander Brasil informa que contrata eventualmente palestrantes para apresentar análises econômicas e financeiras, nacionais e internacionais, aos seus funcionários. Dentro deste contexto, o sr. Antonio Palocci, por meio da empresa Projeto, fez palestras para grupos de executivos da organização."
COMENTO:
Um grande Banco, cheio de executivos que entendem de economia e finanças, contrata um “médico sanitarista” para “ apresentar análises econômicas e financeiras, nacionais e internacionais, aos seus funcionários? “
De repente os hospitais, clínicas médicas e outras entidades da área da medicina devem contratar economistas para “fazerem análises médicas, sobre saúde, discorrendo sobre o câncer, etc. e tal”
Convenhamos.