Depois de teatro, artes plásticas e balé, a vez de cinema
"Adeus Saco do Limão"
Até agora, o bandido Lucas da Feira nunca havia sido retratado no cinema feirense, baiano e brasileiro por extensão. Cinema que é tão afeito a personagens do cangaço e bem voltado para personagens marginais e bandidos.
Agora, surge o filme "Lucas da Feira", com direção de Aderaldo Miranda e Joél Àuves, lançado na noite desta sexta-feira, 5, no Casarão Fróes da Motta, com dezenas de presentes.
Para o argumento do filme, pesquisas no livro "Lucas, O Demônio Negro", romance folclórico de Sabino de Campos, de 1957, e na coluna "Vida Feirense", escrita por Arnold Silva, entre 1937 e 1952, no jornal "Folha do Norte".
No elenco: Tony Maravilha, Flaviano Oliveira, Joselito Conceição, Camila Gama, Aline Bastos, Sandra Lopes, Lygia Barreto, Joseval Santos e Meire Vinhas, entre outros.
Lembrar que em Feira de Santana, a figura de Lucas da Feira foi referenciada no espetáculo músico teatral "Terra de Lucas", de Franklin Maxado, em 30 de junho de 1970, no antigo Teatro Margarida Ribeiro.
Em 1985, foi personagem de espetáculo de balé, "Lucas da Feira", montado pela Earte, com música de Carlos Pitta.
Nas artes plásticas, a maior obra - inclusive em tamanho - feirense é "O Flagelo de Lucas", tela pintada por Carlo Barbosa, que pertence ao Município e está emprestado ao Museu Regional de Arte, do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca).
Nos anos 50, "ABC do Enforcado" foi roteiro escrito por Olney São Paulo, mas filme nunca realizado pelos altos custos de produção. Ele morreu antes de concretizar o intento.
O filme, de maneira direta e linear, durante 72 minutos, procurando não tomar partido, resgata uma figura histórica que está na memória e no imaginário feirense.
A maioria considerando-o como um temível chefe de um bando, terror de Feira de Santana e região durante duas décadas, um bandido cruel, que mereceu a condenado à forca.
Outros, considerando Lucas um personagem mitificado, como se fosse um Robin Hood sertanejo, que roubava dos ricos para dar aos pobres, e que por ser negro, também virou símbolo de luta contra a escravidão.
Neste 2025, um ano pródigo em filmes feirenses. Iniciado com "O Tabaréu Urbano", passando por "Feiraguay" e chegando a "Lucas da Feira". O filme pode ser visto no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=rmi8HMDHqRo
"Para findar o meu destino".
Presenças
Presentes à sessão: José Raimundo de Azevêdo e Sarah Pires, Angelo Pinto, Carlos Cícero e Marilene Carneiro, Liacélia Pires Leal, Josman Lima, Carlos Mello, Franklin Maxado, Neuza Brito Carneiro e Albérico Moreira, Rita de Cássia Trabuco, Ana Motta, Cinthia Portugal, Raimundo Luis Lopes, Cláudio Júnior, entre outros.
Fotos: Angelo Pinto
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