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segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Flifs na maioridade: Um festival que transformou Feira de Santana em um grande livro aberto

Programação celebrou a leitura em todas as suas formas

18ª edição consolida o festival como um farol de cultura, diversidade e inclusão

 

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Fotos: Bernardo Bezerra


Dezoito anos se passaram, e o Festival Literário e Cultural de Feira de Santana (Flifs) atingiu sua maioridade não apenas como uma celebração, mas como uma força viva e pulsante na comunidade. A edição de 2025 foi a materialização de um sonho coletivo, onde a leitura, em seu sentido mais amplo, transbordou das páginas para invadir a praça com cores, sons, histórias e emoções. O balanço é de sucesso absoluto, com um público de 60.711 pessoas circulando durante os seis dias de evento, um número que traduz o apelo e a importância do festival para a cidade e região.

A força educacional do Flifs se manifestou na impressionante adesão das escolas. Um total de 138 escolas públicas e privadas realizaram visitação ao evento, demonstrando o alcance do festival como ferramenta de formação de plateia e incentivo à leitura. Desse universo, 39 instituições de ensino, sendo 16 estaduais, 13 municipais, nove privadas e uma de outra natureza, inscreveram-se ativamente para apresentações. O entusiasmo foi tanto que, somadas, foram realizadas 42 apresentações escolares, mostrando o protagonismo dos jovens na cena cultural. Como incentivo concreto à formação de leitores, foram distribuídos quase dez mil vales-livros para professores e estudantes das redes estadual e municipal, garantindo o acesso democrático ao universo literário.

A programação diversificada foi um convite à imersão, com nove sessões de contação de histórias, oito conversas com autores, 26 apresentações culturais, cinco mesas literárias, cinco rodas de conversa, três espetáculos cênicos e 10 shows musicais. A cena literária floresceu com sete mesas de lançamento de livros, que apresentaram ao público 104 novos títulos, enquanto três oficinas formativas, quatro exposições e duas exibições audiovisuais completaram um cardápio com 124 atividades no total.

O sucesso do Flifs 2025 é fruto de uma vasta rede de colaboração. Com realização da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Sesc Feira de Santana e Produtora Casa Amarela, o festival contou ainda com a força das parcerias da Arquidiocese de Feira de Santana, Prefeitura Municipal, através de suas secretarias de Educação e Cultura, Secretaria Estadual de Educação (NTE 19), UFRB, Ifba Campus Feira e a produtora Pau Viola. Um marco fundamental para esta edição foi a conquista do apoio do Programa Bahia Literária, através do Edital de Apoio às Festas, Feiras e Festivais Literários.

A celebração dos 18 anos foi também um tributo àqueles que pavimentaram o caminho. Quatro personalidades foram imortalizadas no coração do festival, dando seus nomes aos espaços mais simbólicos. A cordelista Izabel Nascimento, cuja voz ecoa pela tradição popular, batizou a Praça do Cordel. A energia do músico Bel da Bonita, lembrado in memoriam, seguiu vibrando no Palco principal. O Café Teatro respirou a literatura de Aloísio Resende, também homenageado in memoriam. E a imaginação da criançada na Arena Flifinha foi guardada pelo espírito brincalhão do ator Márcio Sherrer, celebrado in memoriam. Esta escolha plural reconheceu que a formação de leitores acontece por muitos caminhos, seja através da palavra rimada do cordel, da melodia de uma canção, da profundidade de um texto ou da magia do teatro.

A arte que habitou a cidade: O mundo vibrante de Jean Lima

A identidade visual desta edição foi assinada pelo artista feirense Jean Lima, que imprimiu sua alma nordestina em cada detalhe do festival. A arte de Jean Lima tomou conta da infraestrutura do evento, com seus personagens da série "Nordestinos" ganhando vida em grandes dimensões, colorindo a praça e dialogando diretamente com o público. Essas figuras, com suas cores vibrantes e formas fluidas, foram mais do que cenografia; foram um espelho da identidade regional, uma celebração do povo nordestino em sua pluralidade e vitalidade. A experiência de estar cercado por essa galeria a céu aberto foi profundamente impactante, criando um elo afetivo imediato e transformando o espaço público em uma extensão viva das aquarelas do artista.

Para quem deseja se aprofundar no universo do artista homenageado, a exposição "Deste, Destino, Nordestino - Jean Lima" está disposta no Museu Regional de Arte (MRA), no Cuca, com visitação gratuita até 24 de outubro. A mostra reúne obras da série "Nordestinos", onde o artista reconstrói a imagem do povo nordestino, fugindo dos estigmas para celebrar memórias, afetos e identidades.

Vozes de uma celebração plural

A emoção tomou conta da pró-reitora de Extensão da Uefs, Taíse Bomfim, que destacou a "programação repleta e o recorde de público, enfatizando que a cidade pede por cultura e a necessidade de ampliar o festival para atender a essa demanda crescente". Ela agradeceu a todos os parceiros e ao apoio do edital Bahia Literária. A coordenadora do Flifs, Cristiana Oliveira, celebrou o "sucesso absoluto em participação popular e número de atividades, agradecendo de coração cheio ao público e colaboradores por fazerem da edição de maioridade uma das maiores de toda a história do evento". A reitora da Uefs, Amali Mussi, reforçou o "compromisso ético e político do festival com a formação leitora, destacando a colaboração dos parceiros para promover uma festa que transforma realidades através da educação".

O editor Gustavo Felicíssimo, da Mondrongo, confessou que o Flifs é, "sentimental e financeiramente, o festival mais importante para a sua editora, que há 13 anos participa do evento e sempre traz lançamentos, especialmente de autores feirenses". O cordelista Romildo Alves fez uma avaliação entusiasmada, elogiando o Flifs como "o único evento na Bahia que verdadeiramente valoriza os poetas de cordel, garantindo estrutura e cachê digno". Por fim, a mestra Lainha, cordelista, enalteceu o "espaço que o festival abre para as mulheres, permitindo que mostrem seu trabalho sem discriminação e celebrando o avanço feminino na literatura de cordel", um momento que ela definiu como "ímpar, único e enriquecedor".

Assim, o Flifs 2025 encerrou seu ciclo não como um fim, mas como um novo capítulo. Um capítulo que, aos 18 anos, reafirma seu papel essencial como agente de transformação, provando que promover a leitura é, acima de tudo, celebrar a vida em toda a sua diversidade e complexidade, com a arte como fio condutor para formação de novos leitores.

 

Enviado pela Comissão Organizadora 2025

Lançamento de "Uma Vida Amoral"



Pregador do Evangelho, Anderson S. Almeida está lançando o opúsculo "Uma Vida Imoral". Trata-se de de um relato testemunhal comum: "a história de um jovem que, desde cedo, conheceu as perversões humanas e os instintos mais inescrupulosos de pessoas cheias de maldade e promiscuidade".

Anderson também é professor de artes e, por dez anos, tatuador. 


Link para compar - R$ 15,00 - 
o livro:
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Paloma Amado em Feira de Santana

Trecho de crônica de Paloma Amado:

"Este fim de semana o Festival Literário foi em Feira de Santana. Não poderia ter sido melhor. Tive a maravilhosa companhia do mano João Jorge, sua (nossa) Dorinha e a amiga irmã feirense Isadora Leal que nos levou no seu possante, como diria  o minha mãe. Viagem rápida e agradável, motorista de  primeira. Como chegamos cedo, fomos para o Casarão Fróes da Motta, linda casa antiga, bem restaurada, onde um cômodo recebeu móveis e quadros de Felinto Bastos, avô/bisavô de Isadora( os dois ao mesmo tempo, mas isso é história grande e bonita que conto em outro momento). O lugar é lindo e o trabalho para preservar a história de Feira de Santana, precioso. Garanto a vocês que conhecer mais de Nete e Jorge Bastos Leal, a família de minha querida Isinha, dentro desse contexto foi maravilhoso.

Mas bem, a conversa mediada pela professora Alana Freitas, da Universidade Estadual de Feira de Santana, não poderia ter sido melhor, mediadora e platéia com perguntas as mais pertinentes me deram chance de falar sobre literatura como arma política, abrindo as cabeças para o pensamento. Um rapaz jovem me perguntou o que desejava para meu futuro. Me emocionei pensando o tempo parco que ainda tenho e de que forma posso contribuir para que os ideais de justiça e paz de Zélia e Jorge continuem influenciando tão positivamente seus leitores e admiradores. Este foi o legado que recebi, minha herança verdadeira e nela vou perserverar, com o mesmo sentido de humanidade que norteia minha vida."

Morre atriz Berta Loran


Morreu nesta segunda-feira, 29, a atriz brasileira nascida na Polônia, Berta Loran, aos 99 anos. Ela se destacou mais na televisão, com papeis em séries humorísticas.

Filmografia

"Sinfonia Carioca" (1955), "Garotas e Samba" e Papai Fanfarrão", em 1957, "O Barbeiro Que Se Vira" (1958), "O Cantor e a Bailarina" (1960),"A Ilha dos Paqueras" e "Rm Busca do Su$exo", em 1970, "Ipanema Toda Nua" (1972), "O Golpe Mais Louco do Mundo", "O Amante de Minha Mulher" e "Como Matar uma Sogra", em 1978, "Polaróides Urbanas" (2005), "A Guerra dos Rocha" (2008), "Até Que a Sorte nos Separe!" (2013), "Jovens Polacas" (2019),  "Amarração do Amor" (2021), e Juntos e Enrolados" (2022).

Morre músico Nilton Rasta


Morreu nesta segunda-feira, 29, o percussionista e reggaeman José Ivanito de Jesus Portela, conhecido como Nilton Rasta, aos 62 anos. O músico lutava contra um câncer de próstata, diagnosticado em 2024, e estava internado no Hospital Dom Pedro de Alcântara.
Com trajetória marcada pela música e pela percussão, Nilton Rasta deixa legado de arte e resistência cultural em Feira de Santana. Ele era presidente do grupo de afoxé Pomba de Malê, sediado na Rua Nova. Também mantinha box de artesanato no Mercado de Arte Popular.

Um país chamado Bahia


Por Paulo Cesar Bastos

A Bahia é quase um país. Produz quase tudo. Variedades de solos em climas diversos. Começando pelo coco que é produzido desde o Litoral Encantado até o Semiárido Irrigado. Hoje em dia, com a saudável água de coco modernizada e empacotada em caixinhas de celulose da floresta, também aqui plantada. Para o vasto mundo, já segue exportada.

Boi, vaca, bode, cabra, carneiro e ovelha que fornecem os bons queijos e os cortes saborosos. O melhor feijão, tipo carioca, mas nascido no Sertão como o especial algodão. Os apetitosos acarajés e abarás, feitos com o feijão fradinho, acompanhados de camarão, caruru e vatapá com azeite de dendê, tudo produzido por cá. Pernil suíno temperado ou o delicioso frango assado com a farinha de copioba. O guaraná, a maniçoba, a tapioca e o beiju do Recôncavo e Baixo Sul. Como é bom um café de qualidade com o leite da Terra da Felicidade.

Parabéns aos dedicados e corajosos produtores baianos. Vale um brinde com o vinho das uvas finas do São Francisco e de sobremesas um chocolate do melhor cacau das Terras do Sem Fim, uma laranja doce do Agreste e um saudável abacaxi do Vale do Paraguaçu. O digestivo, licor de maracujá, elaborado com a pura cachaça da Chapada, acompanhado da batatinha frita ou dos petiscos de milho e soja do Cerrado, do requeijão sertanejo ou do queijo camponês do Sudoeste.

Um resultado evidente, trabalho incansável da livre iniciativa para construir uma terra produtiva, cultivando, criando e preservando. A preservação racional, a reserva florestal, gerando créditos para o progresso ideal. A energia renovável, a pedra de ouro, o presente natural. Em resumo, precisamos tocar em frente, com rumo e prumo para o desenvolvimento inteligente. Para isso, urge a necessária gestão eficaz e eficiente junto com a tecnologia capacitada e competente. Em lugar de fugaz locução, a forte atitude e decisiva ação. Esquecer os ditos sabidos e promover os notórios sábios, com respeito à propriedade, promovendo a sustentabilidade com prosperidade.

Vou encerrando por aqui, caso alguma coisa esqueci, lembro depois ou amanhã, pois já tem na lista até pera, morango e maçã, junto com os silvestres umbu e jabuticaba. Lista deliciosa que não acaba. Um país chamado Bahia. Em lugar de mensagem separatista, o grito solidário de fraternidade e união da Boa Terra para o progresso da nossa brasileira nação. Vamos acordar e avançar, povo irmão.

Paulo Cesar Bastos, sertanejo da Feira de Santana, é engenheiro civil e produtor rural

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