Spencer Tracy e Robert Ryan em "Conspiração do Silêncio" (Foto: Divulgação)
Nesta quinta-feira, 25, revisão de "Conspiração do Silêncio" (Bad Day at Black Rock), de John Sturges, 1955. "Dia Ruim em Black Rock" é a tradução literal do título original. Na França, foi titulado "Un Homme Est Passè" (Um Homem Está Passando). Foi nominado a três prêmios Oscar: Melhor Filme, Melhor Ator (Spencer Tracy) e Melhor Roteiro (Millard Kaufman).
Este era o filme favorito de John Sturges. Foi selecionado para preservação no Registro Nacional de Filmes pela Biblioteca do Congresso em 2018, por ser "cultural, histórica ou esteticamente significativo". Então, o diretor Don Siegel considerou o roteiro como o melhor que já havia lido. Foi o primeiro filme da Metro Goldwin Mayer lançado em CinemaScope.
Preconceito anti-japonês é o principal tema do filme, que se passa após o término da Segunda Guerra Mundial. O tempo, como no clássico western "Matar ou Morrer" (High Noon), de Fred Zinnemann, 1952, é importante: toda ação acontece no espaço de 24 horas (o dia ruim do título). Na primeira sequência: o trem chega a Black Rock e na última sequência: o trem sai da cidade.
Na trama, com drama, mistério e suspense, mais elementos de western, desde o momento em que o veterano de guerra John J. Macreedy (Spencer Tracy), com apenas um braço, desce do trem em Black Rock, ele sente que incomoda os residentes locais. A pequena cidade é apenas uma partícula no mapa, e poucos estranhos vão ao lugar. O próprio Macreedy fica calado sobre o propósito de sua viagem e de cara o recepcionista do hotel Pete Wirth (John Ericson) lhe recusa um quarto; a garagem local se recusa a alugar um carro para ele e o xerife Tim Horn (Dean Jagger) é um bêbado inútil. É evidente que os habitantes, dominados por Reno Smith (Robert Ryan) têm algo a esconder, mas quando ele lhes diz que está lá para falar com um fazendeiro nipo-americano chamado Kamoko, ele toca um nervo tão sensível que passará as 24 horas lutando por sua vida.
Os demais habitantes
da cidade estão todos juntos na conspiração de silêncio ameaçadora, com mais ou
menos implicação. São: Liz Wirth (Anne Francis), irmã de Pete, única mulher na
trama; o médico Doc Velie (Walter Brennan), os capangas de Smith, Corey Trimble (Ernest
Borgnine) e Hector David (Lee Marvin), o telegrafista Hastings (Russell
Collins) e o barman Sam (Walter Sande).
Interessante a placa atrás do
balcão da recepção do hotel. Trata-se de uma citação do evangelista inglês John
Wesley: "Faça todo o bem que puder, / Por todos os meios que puder, / De
todas as maneiras que puder, / Em todos os lugares que puder, / De qualquer
maneira as vezes que você puder, / Para todas as pessoas que você puder, / O
tempo que você puder. "
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