Por Jorge Serrão
Como sou analista político - e não torcedor - consigo explicar o imprevisto movimento bruto de Jair Bolsonaro em favor dele próprio e do Centrão que comanda o Congresso Nacional.
Bolsonaro agiu de maneira pragmática, preventiva e imediatista. Entregou seu meio-de-campo da relação política para uma das maiores águias da articulação: o Senador Ciro Nogueira.
As razões básicas:
1) Matar, de vez, o risco de impeachment;
2) Interromper as chantagens parlamentares;
3) Fechar o portão do volúvel Centrão para uma aproximação com Luiz Inácio Lula da Silva.
Governar é a arte de pagar faturas políticas. Também é a arte de engolir sapos, mesmo que não seja essa a dieta médica recomendável para quem estava com intestino preso até outro dia.
Desagradando a gregos e baianos, sobretudo sua base bolsonarista, o presidente fechou seu corpo para a disputa de 2022, trazendo Ciro Nogueira para trabalhar no terceiro andar do Palácio do Planalto.
Agora, o pau vai cantar. Bolsonaro indicou André Mendonça para o STF. Pediu a recondução de Augusto Aras ao cargo de procurador-geral da República. Tirou o chão de Lula. Aumenta o tom contra a Comissão Picareta de Inquisição do Covidão. Agora parte para toda a pressão que permita a aprovação da PEC 135 (do Voto Impresso pela Urna Eletrônica, para "auditoria" ou "recontagem pública de votos").
A habitual Live de quinta-feira, 19 horas, via Internet, de Jair Bolsonaro, promete grandes emoções e surpresas.
Fonte: https://vindodospampasoretorno.blogspot.com/
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