O procurador da República em
Uberlândia-MG Frederico Pelucci instaurou procedimento
administrativo para investigar denúncia de suposta discriminação racial na
música "Kong" do cantor Alexandre Pires. O clipe, que tem no cenário homens
fantasiados de macacos e mulheres seminuas próximos a uma piscina, tem participação
do jogador de futebol Neymar, do funkeiro Mr. Catra, de David Brazil e foi
dirigido por Maurício Eça.
A música, composta por Alexandre Pires e o compositor
Cláudio Rosa foi divulgada em janeiro deste ano,
mas os passos, que geraram polêmica agora, foram antecipados pelo jogador
Daniel Alves durante a comemoração do segundo gol do Barcelona contra o Real
Madrid. Na época, o cantor disse que a música foi criada em um momento de
brincadeira com os amigos e que o intuito era passar "alegria" para o
público.
Segundo a
assessoria de comunicação do Ministério Público Federal, representantes do
Movimento Negro encaminharam a denúncia no início da semana passada por meio da
Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial. Os representantes entenderam que a
letra, que diz "o bonde do Kong não vacila. É instinto animal de leão com
pegada de gorila", compara negros aos macacos.
De acordo com o documento, a
letra da música e o clipe têm conteúdos racistas e sexistas que "compromete as
lutas do movimento negro na superação do racismo e no movimento das mulheres na
superação do sexismo". Em outro trecho, o documento diz que combinando artistas
e atletas, o clipe utiliza clichês contra a população negra e que "reforça
estereótipos equivocados das mulheres como símbolo sexual".
A maioria
dos participantes do clipe é negra.
Fonte: BOL Notícias
Um comentário:
Embora haja muitos negros no clipe, PODE ser que haja o preconceito racial. Melhor investigarem direito sôbre o assunto. O compositor pode ter querido mostrar que é indiferente quanto a cor da pele e que poderia ter feito o mesmo com os de pele branca. Já quanto ao sexismo...
Mas já vi muita gente boa, negra, ter o maior preconceito contra os de sua cor. Pelé é um típico exemplo disto. Nunca gostou de morenas, sequer; só louras naturais. As de farmácia, êle dispensa.
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