"Oppenheimer": filme é uma aula de História

"Oppenheimer", entrando em segunda semana no Orient CinePlace Boulevard, em apenas uma sessão, às 20h50, com cópia dublada, é um drama biográfico de alta qualidade, escrito e dirigido por Christopher Nolan, baseado na biografia "American Prometheus" de Kai Bird e Martin J. Sherwin. "O mundo muda para sempre" é o slogan do filme, que explode como uma bomba atômica. 

"Oppenheimer" extrapola todas as expectativas. Uma aula de História. De fato, o melhor filme do ano. O cineasta Paul Schrader afirmou que é o "melhor e mais importante filme deste século". Certamente, será o filme com mais indicações ao Oscar. 

Na trama, entre 1943 e 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, o físico Julius Robert Oppenheimer (Cillian Murphy) é convocado pelo governo dos Estados Unidos da América para integrar o "Projeto Manhattan", uma operação secreta que objetiva desenvolver as primeiras armas nucleares do mundo. 

Após conhecer o diretor do projeto, major general Leslie Groves (Matt Damon), Oppenheimer chega a um acordo de que o melhor lugar para realizar o empreendimento é o deserto de Los Alamos, no Novo México. No local discreto, Oppenheimer trabalha para construir uma arma de destruição em massa antes que os nazistas possam inventar a sua própria. Com o clímax da guerra e os problemas pessoais aumentando e com conflitos morais - com a mulher Kitty (Emily Blunt) e a amante, Jean Tatlock (Florence Pugh), Oppenheimer se esforça ao máximo e sofre as consequências por supostamente ter ligações com o comunismo.

Oppenheimer tornou-se o homem a quem a maioria das pessoas atribui a culpa de tudo, pois era considerado "o pai da bomba atômica", uma marca carregada como um fardo pelo resto de sua vida.

A História conta que a primeira vez que uma arma nuclear foi usada em um ato de guerra, em 6 de agosto de 1945, a bomba atômica "Little Boy" foi lançada na cidade japonesa de Hiroshima. O lançamento dessa bomba e da "Fat Man" em Nagasaki três dias depois pôs termo à Segunda Guerra Mundial e  deu início à "Era Atômica".

O filme tem cenas em preto & branco - com a mesma qualidade do restante, filmado em 70mm Imax - e não há cenas CGI.

No filme, tensão bastante pelos diálogos. Não há ação com perseguições desenfreadas, tiros, acrobacias que desafiam a morte.

Hollywood realizou em 1989, com o mesmo tema, o filme "O Início do Fim" (Fat Man and Little Boy), de Roland Joffe, com Dwight Schultz como Oppenheimer.

Além de Cillian Murphy e Matt Damon, o filme conta no elenco com Robert Downey Jr, Goldwyn, Kenneth Brannagh, Tom Conti, Casey Affleck, Sadie Stratton, Louise Lombard e James Remar.