Os professores perderam a batalha contra o governo. Com 19 votos contra,
33 a favor e duas abstenções a bancada do governo conseguiu aprovar, na
Assembleia Legislativa da Bahia, o projeto de lei 19.776/2012.
O governo alega que com a aprovação do projeto irá extinguir o salário
abaixo do piso nacional. No entanto, os professores, que se mantém em greve
desde semana passada, pediam o cumprimento do reajuste salarial de 22,22% ainda
este ano e, não escalonado, como aprovou o governo.
"A gratidão é uma qualidade que deve ser enaltecida em qualquer ser
humano. E quando falo de gratidão sei que o que os professores queriam é que o
governador Jaques Wagner reconhecesse o voto de confiança depositado nas duas
últimas eleições", ironizou o deputado estadual Carlos Geilson (PTN), que votou
contra o projeto.
A APLB cobrava do governo o cumprimento do acordo fechado e assinado
entre as partes em novembro do ano passado, que determinava o pagamento do
reajuste ainda em 2012. O governo ainda conseguiu aprovar com 35 votos a favor
e 35 contra o polêmico PL 19.779/2012, que transforma benefícios da classe em
subsídios.
"Não é muita coisa que vai ser acrescida ao salário dos professores o
governo diz que não pode e diz de forma intransigente. A gente sabe que não foi
fácil, para cada um chegar à condição de professor. Esses profissionais não
estão cobrando nada do que não foi acertado, porque até agora não ouvi falar
nada de novo. Mas não será essa derrota aqui hoje que vai derrotar o
movimento", pontuou o deputado.
(Com informações de Orisa Gomes, da Assessoria de Comunicação do Deputado Carlos Geilson)
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