O advogado do ex-deputado
federal Roberto Jefferson (PTB), Luiz Francisco Barbosa, pedirá ao Supremo Tribunal
Federal (STF) a inclusão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como réu no
processo do mensalão. O requerimento será apresentado na sessão de
segunda-feira, 13, data da defesa do petebista em plenário. Ele pedirá a suspensão
do julgamento para a realização de novas diligências que investiguem Lula ou,
como alternativa, o destacamento de um novo processo, em que o petista seria
acusado separadamente.
"O procurador-geral da República sugeriu
que o presidente, que tem até título de doutor honoris causa, fosse um pateta.
Mas ele tinha domínio de tudo", disse o representante de Jefferson ao site
de VEJA.
Há poucas chances de o pedido prosperar, mas
a solicitação de Barbosa pode retomar a discussão sobre a responsabilidade de
Lula em um momento em que os holofotes estão voltados para o Supremo Tribunal
Federal.
O advogado de Jefferson alegará que os três
ex-ministros citados no processo, Anderson Adauto, Luiz Gushiken e José Dirceu,
não tinham poder para enviar ao Congresso projetos de lei - segundo a denúncia
do Ministério Público, o governo comprou o apoio de parlamentares para
facilitar a aprovação de propostas no Congresso. Por isso, Lula era o maior
interessado no funcionamento do esquema. E, mesmo depois de ter sido avisado
por Roberto Jefferson sobre a existência do mensalão, o então presidente não
teria tomado providência.
Barbosa cita ainda outro episódio que
envolveria o petista: Lula assinou a lei que alterava as regras para a operação
de crédito consignado a aposentados: o BMG, até então fora do mercado, passou a
participar do negócio. O governo ainda deu um auxílio extra ao enviar cartas a
mais de 10 milhões de aposentados, convidando-os a emprestar dinheiro. "Em
um ano, o BMG fez cinco vezes mais negócios do que a Caixa, que tinha um número
de agências muito maior", alega o advogado. Só depois, afirma o defensor
de Roberto Jefferson, é que a instituição bancária passou a abastecer o esquema
do valerioduto, onde despejou cerca de 30 milhões de reais. Com o ato de ofício
de Lula - a lei que favoreceu o BMG - ficaria reforçada a participação do
petista no episódio.
Em ocasiões anteriores, Luiz Francisco
Barbosa questionou o Supremo Tribunal Federal a respeito da ausência de Lula no
processo. Em todas as vezes, a Corte se recusou a discutir o caso. Esta será a primeira
vez em que a inclusão do petista como réu será solicitada diretamente. "O
presidente terá de submeter o tema ao plenário", diz o advogado.
Fonte: Veja
Um comentário:
Tudo muito claro, desde o início. Só não enxergou quem não quis.
Nunca vi alguém ser tão privilegiado a êsse ponto.
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