Governo
não tem dinheiro para os professores, mas gasta absurdos com o Reda
A greve
dos professores da rede estadual de ensino da Bahia continua. Após assembleia
na quarta-feira, 25, a categoria decidiu manter a greve por tempo
indeterminado. Na terça-feira, 24, a Assembleia Legislativa aprovou o
projeto de lei que concede aumento aos professores não licenciados de R$
1.187,98, para o estabelecido pelo piso nacional de R$ 1.451,00.
De acordo
com a categoria, o projeto não agrada aos professores, pois torna a remuneração
fixa, sem possibilidade de melhorar o salário com gratificações que passam a
ser incorporadas aos vencimentos.
O deputado
estadual Carlos Geilson (PTN) voltou a criticar a postura do governo na manhã
desta quinta-feira (26). "O que me chama atenção é a forma radical com que o
governo do Estado, que se diz republicano, forjado nas lutas populares, trata
essa questão dos professores", afirma.
De acordo
com o parlamentar, o governo alega não ter dinheiro para dar o aumento,
entretanto a oposição encontrou que nos gastos com Regime Especial de Direito
Administrativo (Reda), no ano pré eleitoral de 2009 o governo gastou R$ 406
milhões com esse tipo de contratação e no ano seguinte R$ 420 milhões.
"Em seu
primeiro governo, Wagner totalizou um gasto de R$ 1,456 bilhão só com Reda. Eu
não sou contra que acabe com o Reda ou com os Prestadores de Serviços
Temporários (PST), mas que não se use de uma forma indiscriminada, para
aparelhar a máquina pública e servir de moeda de troca com a base governista.
Então, visto isso sabemos que dinheiro existe, mas o problema é a forma como
ele vem sendo utilizado", critica Geilson.
(Com informações de Núbia Passos, da Assessoria de Comunicação)
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