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segunda-feira, 16 de abril de 2012

Dez meses de rotariano e uma instrução rotária

Integrante do Rotary Club de Feira de Santana, o cardiologista Vinícius Guedes Rios fez instrução rotária - uma forma dos companheiros terem a oportunidade de exercitarem um dos objetivos da instituição - na reunião almoço do clube, na terça-feira, 10. Ele estava acompanhado da esposa Ana Cecília.

Eis a instrução:
"Rotary é uma organização de líderes de negócios e profissionais, unidos no mundo inteiro, que prestam serviços humanitários, fomentam um elevado padrão de ética em todas as profissões e ajudam a estabelecer a paz e a boa vontade no mundo."
Fui convidado para falar o que o Rotary significou para mim nesta curta caminhada de apenas dez meses e as minhas perspectivas com o clube. Iniciei com a frase anterior para lembramos quem somos e porque fazemos parte deste projeto. Eu pouco sabia o que era Rotary International antes de entrar aqui. Tinha o conhecimento de que era um clube formado por pessoas que ajudavam o próximo, e só! Como eu estava enganado!
Porém antes de falar do Rotary, eu quero contar como cheguei até aqui!
Não sou feirense, nasci em Salvador, mas com apenas um ano de idade me mudei para Feira de Santana e permaneci nesta cidade até os meus 15 anos, quando retornei para Salvador após a perda de meu pai. Vivi em Salvador até pouco mais de dois anos atrás, quando em janeiro de 2010 retornei para cá. Havia recebido uma boa proposta profissional. Hoje tenho uma filha que nasceu aqui e posso não ser feirense de fato, mas o sou de coração!
Porém, quando decidi vir morar aqui em Feira com minha família, eu conhecia apenas algumas pessoas do meu ambiente profissional e estava começando a conhecer pessoas que hoje fazem parte da minha vida. Foi um momento muito difícil, afinal eu estava passando por uma fase de desconstrução, despedida de todo um projeto de vida profissional e pessoal. Eu vim para Feira de Santana para recomeçar!!!
Lembro-me do dia em que Ivan Kruschewsky e Ruy Leal Junior (meus padrinhos) me convidaram para almoçar aqui (não posso esquecer de André Mascarenhas, que também estava naquele momento). Cheguei a vir aqui duas vezes e no Feira-Leste uma vez. Foi quando veio o convite para me tornar rotariano. Aceitei prontamente. Acho que foi o momento de confirmação da minha certeza de querer realmente estar e viver nesta cidade.
Nestes dez meses que aqui estou conheci novas pessoas, fiz boas amizades, passei a admirar companheiros, aproveitei os momentos de companheirismo!!! Mas me lembro bem o que me disseram meus padrinhos: "você não está no Rotary para se beneficiar, a sua obrigação aqui é oferecer, dar um pouco do que você tem para promover o desenvolvimento da sociedade e do próximo. Caso você entre no Rotary esperando receber vantagens, é melhor nem começar!" E foi com esse espírito que aqui ingressei. Mas sabe, acho que tinha algo mais, eles não me contaram tudo, pois acho que já ganhei muito mais do que pude dar!!!
Nós adotamos o Rotary, ou talvez o Rotary nos adote, não sei qual seria o mais correto afirmar. O certo é que quando penso no quanto este clube tem significado para mim, eu me lembro de uma conversa que tive com minha esposa algum tempo atrás. Lembro que nós estávamos falando sobre adoção, e eu tinha dito que a adoção era um gesto muito bonito, afinal um casal adota uma criança que inicialmente não tem muita perspectiva de futuro e dá a ela uma família, educação e transforma aquela criança num cidadão completamente inserido na sociedade. Ela então disse: NÃO!!! Você está errado! Os pais ganham muito mais com a adoção do que a criança! Pois têm a possibilidade de educar um ser humano, ver aquela pessoa se desenvolver, conhecer todos os aspectos e momentos de crescimento daquele filho, e só um filho pode permitir este ganho. São os pais que têm o maior retorno com a adoção, e por mais que eles se esforcem, jamais conseguirão dar à criança tudo aquilo que aquela criança proporcionou a eles!!! Fiquei pensado nisto e vi que ela tinha razão. Esta relação é muito semelhante a quando entramos no Rotary achando que nós vamos oferecer um pouco do que temos, quando na verdade nós temos um ganho aqui dentro que não conseguimos medir.
Retornando àquela frase do início, preciso lembrar que encontramos aqui dentro pessoas éticas, grandes profissionais, líderes, homens de negócios, advogados, engenheiros, médicos, empresários, gestores púbicos, mas que estão comprometidos com o bem comum, um bem que é muito maior que cada um de nós, e aprendi aqui que o que podemos oferecer quando unidos é também muito maior do que damos quando estamos sós! Em virtude disso, acho que todos nós devemos ter uma causa, um objetivo buscando um bem maior, mas esta causa não deve ser maior do que o próximo, e esta é a minha expectativa aqui no Rotary, que cada um de nós consiga se identificar com um propósito, e lutar por esse objetivo, mas sempre lembrando que o nosso limite é o próprio ser humano, e que esse limite nos leva ao máximo do que possamos oferecer a quem precisa, porém respeitando os limites individuais de quem recebe e também de quem oferece.
Sei que há muito para fazermos na construção de um mundo melhor, sei também que muito foi feito. Fazer parte de uma organização da dimensão do Rotary International nos permite construir este mundo com mais facilidade. Afinal fazemos parte de um clube que tem por objetivo principal ajudar o próximo. Lembro-me das grandes obras feitas com a força dos rotarianos, a exemplo das vacinas que salvaram milhões de pessoas, ou então dos hospitais de campanha em regiões de desastres (como ocorreu no Haiti). Lembro também desta casa que estamos, afinal tratar e inserir deficientes visuais é um grande trabalho, mas também não podemos esquecer das obras pontuais, quando podemos atender à população de baixa renda com trabalho voluntário a exemplo do que fizemos na Associação de Proteção à Infância (API) ano passado.
Dez meses é muito pouco tempo, principalmente quando vejo companheiros com 20, 30 e até 40 anos de Rotary que já ofereceram grande parte de sua vida a esta organização, mas sei que este é o começo de uma caminhada, estou dando os primeiros passos, tenho muito a construir. Espero que daqui a alguns anos eu possa olhar a minha volta e ter a certeza que o nosso trabalho tem contribuído para melhorar a sociedade, da mesma forma que estes companheiros de tantos anos sabem o quando conseguiram transformar o mundo e ainda estão aqui, incansáveis, firmes e esperançosos em continuar lutando por uma sociedade melhor. Me espelho neles e espero que um dia eu também tenha a certeza desta construção, e me mantenha ainda firme nestes ideias que o Rotary tanto propaga!
Muito obrigado!

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