Opção de transferência bancária para a Pessoa Física: Dimas Boaventura de Oliveira, Banco do Brasil, agência 4622-1, conta corrente 50.848-9

Clique na imagem

*

*
Clique na logo para ouvir

No Domingo de Páscoa

No Domingo de Páscoa

terça-feira, 16 de junho de 2020

Sobre "Cacimba", de Ciro de Carvalho Leite

Há poucos dias, postagens no Blog Demais sobre o escritor feirense Ciro de Carvalho Leite, que nasceu no distrito de Bonfim de Feira, falecido há nove anos, em janeiro de 2011, aos 96 anos.
Citei os livros de sua autoria. Nesta terça-feira, 16, chegou para mim outro livro do autor. Depois de "Virgens de Barro", adquiri o exemplar de "Cacimba", Coleções Temas de Todo Tempo, da Edições Tempo Brasileiro, do Rio de Janeiro, na Livraria Brandão, através da Estante Virtual.
"(...)
Donde vosmecê é?
- Da Bahia. Meu pai é fazendeiro em Patos. É um lugarejo perto de Feira de Santana.
- Quando vim do Ceará passei por lá. Cidade bonita! 
(...)"
O livro tem capa (Foto) de Maurício José Marchevsky. São 380 páginas, em formato de quase um livro de bolso.
Na apresentação do livro, sem crédito, está contido o texto:
"Com fundamento sociológico que lhe empresta um cunho de retrato do drama que se desenvolve no sertão baiano nesta fase de transição para o estágio de pré-industrialização do país, surge, agora, o romance 'Cacimba' com que o escritor Ciro de Carvalho Leite completa a trilogia de 'Caatinga', iniciada com 'Mulheres de Vida Fácil' e 'Grito da Terra'.
Fiel àqueles que o viram nascer e iniciar suas andanças pela região crítica da 'caatinga' baiana, Cyro de Carvalho Leite sempre adotou como temática de suas obras a vida do sertanejo em luta constante contra o meio e as ultrapassadas estruturas sociais, valendo-se dos personagens para mostrar, a sangue frio, o que tem sido o vegetar do homem de 'pé no chão', que habita as grandes e pequenas fazendas do interior baiano.
Depois de estudar as pequenas letras na cidade de Feira de Santana, Cyro de Carvalho Leite se transferiu para Salvador, onde fez o curso ginasial no Colégio Maristas. Em seguida, fazendo o autêntico trajeto do 'pau de arara', viajou para São Paulo, a fim de trabalhar e prosseguir os estudos no Colégio Carlos Gomes. Foi na capital paulista que começou a publicar nos jornais material que, mais tarde, seria englobado no livro (inédito) 'Pensamentos Esparsos'. Aí surgiram, também, os dois primeiros romances da trilogia 'Caatinga', hoje completada com ‘Cacimba’.
Os conhecimentos do autor sobre o trinômio homem-meio-físico-estruturas sociais, adquiridos no contato direto com a terra sertaneja, viram-se enriquecidos com o seu ingresso na Escola de Sociologia da Bahia, feito com a finalidade expressa de entrar em ligação mais íntima com a ciência para melhor interpretar as motivações, sofrimentos, anseios e frustrações dos personagens que dão vida e marcam, de forma definitiva, todas as suas obras.
'Cacimba' é, pois, o resultado da participação direta do autor com o meio ambiente que descreve. E atravessa as fronteiras do puro romance regional para projetar-se como mais uma contribuição ao conhecimento do complexo sociológico do sertão baiano, que marcha ao compasso do viver-sofrer."

Nenhum comentário: