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No Domingo de Páscoa

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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

"Para petistas, com Cunha denunciado, impeachment fica mais distante"



Por Reinaldo Azevedo
Será que eu acho que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) não deveria jamais ser denunciado porque, afinal, ele é oposição ao PT e à presidente Dilma? A suposição é uma rematada tolice. Havendo elementos contra ele, que se denuncie, ora bolas! As minhas questões são outras: 1) por que ele é o primeiro?; 2) por que a denúncia é oferecida no dia da passeata do PT? Mas, neste textos, meu ponto é outro.
Afirmei ontem aqui que essa era a primeira das três coisas mais aguardadas pelos petistas - a segunda é a aceitação da denúncia pelo STF, e a terceira, a eventual condenação. Não precisa ser bidu para ter isso claro.
Um ministro do governo Dilma, falando à Folha, sob a condição do anonimato, revela a força do argumento que Rodrigo Janot deu aos companheiros. Prestem atenção à fala:
"Temos um inimigo enfraquecido. Haverá instabilidade momentânea. Ele vai reunir sua tropa para tentar não ficar isolado, mas sua força diminui, assim como diminui sua força para patrocinar um impeachment. Como um denunciado patrocina a deposição de uma presidente? Complicado!"
Bem, em primeiro lugar, destaco a linguagem bélica a que recorreu o dito ministro. É disto mesmo que se trata: de uma guerra. A pergunta final é aquela que os petistas gostariam que corresse o país e estivesse na cabeça de cada brasileiro: "Como um denunciado patrocina a deposição de uma presidente?"
Ocorre que a indagação retórica tem um erro de origem. Não cabe a Cunha "patrocinar" coisa nenhuma. Tampouco é ele sozinho a querer que Dilma saia - se é que ele quer; suponho que sim. Hoje, segundo pesquisas, esse é o desejo de dois terços dos brasileiros.
O PT, em suma, está eufórico com o episódio e diz abertamente que o impeachment desapareceu do horizonte.
Cunha fica
Mas será que há a possibilidade de Cunha se afastar da Presidência da Câmara? Não pelo que se tem aqui - a menos que outras bombas estourem em seu quintal. Rodrigo Janot poderia ter entrado com uma ação cautelar, enviado esse pedido ao Supremo. Não o fez. Se o fizesse, o tribunal recusaria.
Por enquanto, o presidente da Câmara mantém aguerridos os que estão abrigados sob a sua liderança. A pergunta que seus aliados fazem e se fazem é dotada de lógica e sentido: por que ele é o primeiro? O que há de decisão política nisso?
Cunha, por sua vez, demonstrou disposição de ficar no cargo. O PSOL e outros esquerdistas ameaçam recorrer à Comissão de Ética contra o deputado por quebra do decoro. Se o fizerem, também isso não vai prosperar.
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"

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