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No Domingo de Páscoa

No Domingo de Páscoa

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

"Este homem, de quase US$ 100 milhões, deixa muita gente em pânico. Por quê?"





Por Reinaldo Azevedo
Porque ninguém prova, com tanta eloquência, a existência de um esquema criminoso na Petrobras. Mais do que isso: ele também é um emblema da dimensão do assalto. Vamos lembrar: Pedro Barusco (foto) era um mero gerente de Serviços da Petrobras, um auxiliar de Renato Duque, o diretor da área, que era da cota petista. Mais do que isso: pertence, vamos dizer, ao "universo José Dirceu". Segundo Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef, Duque era o homem que cuidava do propinoduto para o PT. Mas voltemos a Barusco.
O subordinado de Duque se dispôs a devolver, prestem atenção!, US$ 97 milhões aos cofres públicos. Esse é o dinheiro que ele admite ter sido, na prática, roubado da Petrobras. Estamos falando, leitores, de algo em torno de R$ 252 milhões. Como é que um quadro de segundo escalão é capaz de amealhar tal fortuna?
Muito bem! Parece que a sua disposição de devolver o dinheiro é para valer. Uma conta já foi aberta na Caixa Econômica Federal, e, em breve, cumprida a sua parte no acordo, Barusco transfere o dinheiro para o banco brasileiro.
Qual é o temor especial que seu nome desperta? Barusco está, consta, muito doente e muito pessimista sobre suas possibilidades de cura. Aqueles que fizeram negócios com ele ao longo dos anos temem que resolva ter um surto de sinceridade num momento difícil da sua vida. Essa gente está com medo da rapidez com que o engenheiro trocou uma iminente prisão pela confissão de que, sim!, era tudo verdade.
Há pânico com a possibilidade de que ele resolva, vamos dizer, fazer uma faxina na sua biografia dizendo tudo o que sabe. E ninguém que rouba essa quantidade sabe pouco. Já escrevi e reitero: acho que é preciso que se apure a possibilidade de que ele seja um laranja de uma estrutura bem maior.
"Ah, em situações extremas, as pessoas podem mentir…", dirá alguém. Até podem. Mas me parece que se trata de uma daquelas circunstâncias em que a pessoa busca, ao menos, um alívio para a própria consciência. Todos aqueles que concorreram para que Barusco conseguisse ter US$ 97 milhões no exterior estão certamente preocupados.
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"

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