Revista britânica faz capa sobre as eleições brasileiras. Cita as mudanças de que o país precisa para voltar a crescer. E sentencia: só Aécio pode fazê-las
Foto: Reprodução
Uma figura que faz lembrar
Carmen Miranda, mas com ar enfadonho e que carrega sobre a cabeça frutas
apodrecidas. É com essa imagem que a conceituada revista britânica "The Economist" acompanha a seguinte frase:
por que o Brasil precisa de mudança. A edição distribuída na América Latina
traz nesta sexta-feira capa que trata das eleições no Brasil. E sentencia: os
eleitores brasileiros devem se livrar de Dilma Rousseff e eleger Aécio Neves.
O texto lembra que em 2010,
quando Dilma foi eleita, o Brasil parecia finalmente fazer jus a seu imenso
potencial. A economia crescia a 7,5% ao ano. Quatro anos depois, a economia
patina e os avanços sociais andam em marcha lenta. E lembra que em junho do ano
passado milhões de brasileiros saíram às ruas para protestar por melhores serviços
públicos e contra a corrupção.
Depois de fazer um panorama
das viradas que marcaram a corrida eleitoral no Brasil, o texto trata da atual
situação econômica do país. Ao citar a crise econômica mundial - apontada por
Dilma como a culpada pelo atual quadro brasileiro -, a revista salienta que o
país tem se saído pior do que os vizinhos latino-americanos no enfrentamento da
questão. Cita ainda a intromissão constante do governo federal nas políticas
macroeconômicas e as tentativas de interferir no setor privado como
responsáveis pela queda nos investimentos.
Ao tratar dos problemas de
infraestrutura e da burocracia que atravanca o país, a revista afirma que Dilma
reforçou a mão do Estado na economia, servindo-se favores para iniciados, como
incentivos fiscais e empréstimos subsidiados de bancos estatais inchados. A "Economist" diz ainda que Dilma prejudicou
a Petrobras e a indústria de etanol, mantendo o preço da gasolina contido à
força "para mitigar o impacto de sua política fiscal frouxa". Cita ainda os
sucessivos escândalos que envolvem a estatal.
A "Economist" trata, por fim, dos ataques
perpetrados pela campanha petista contra Aécio. Classifica como infundadas as
alegações de que o tucano colocaria fim ao Bolsa Família - e lembra que ao
longo dos anos o PT caricaturou o PSDB como um partido "de gatos gordos sem
coração". O texto explica que as políticas propostas por Aécio, ao contrário do
que quer fazer crer o PT, beneficiariam os brasileiros mais pobres. Diz que ele
promete fazer o país voltar a crescer. E que sua história e a de seu partido
tornam a promessa crível. Afirma que Aécio tem uma equipe impressionante de
conselheiros liderados por Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, que é
respeitado por investidores. Cita as promessas de retorno a políticas
macroeconômicas sólidas, de redução no número de ministérios, de simplificar
o sistema fiscal e aumentar o investimento privado em infraestrutura. E
sentencia: Aécio merece ganhar.
"Aécio lutou de forma tenaz
na campanha e já deu provas de que pode fazer funcionar suas políticas
econômicas. A maior ameaça aos programas sociais no país é a forma como o PT
hoje conduz a economia. Com sorte, o apoio de Marina Silva, que já foi do PT e
nasceu na pobreza, deve ajudá-lo. O Brasil precisa de crescimento e de um
governo melhor. Aécio é quem tem mais condições de fazê-lo", encerra o texto.
Fonte: http://veja.abril.com.br/
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