Por Augusto Nunes
O debate promovido pela Band foi o primeiro a permitir um duelo
de verdade entre os candidatos que chegaram ao segundo turno. As anotações que se
seguem compõem o resumo da ópera.
Aécio Neves é articulado e
trata o idioma com carinhoso respeito. Dilma Rousseff tortura a
gramática, desfere pontapés na ortografia e não consegue convencer o sujeito a
andar de mãos dadas com o predicado.
Provido de uma cabeça sem
avarias, ele se expressa com clareza, raciocina com agilidade e lida muito bem
com improvisos. Portadora de um cérebro baldio, ela amontoa frases que não
fazem sentido porque vivem procurando inutilmente o verbo que sumiu, um
adjetivo arredio ou o ponto final que teima em não chegar e, sobretudo.
De bem com a vida, Aécio sorri
e acha graça com naturalidade. Amargurada com o que vê no espelho, Dilma é uma
carranca prenunciando permanentemente outro chilique e pertence à tribo que não
entende a piada.
Aécio quer fazer em escala ampliada
o que fez em Minas. Dilma promete fazer o que poderia ter feito nos últimos
quatro anos.
Ele diz verdades sem medo. Ela
mente mais do que respira.
Político honrado, o neto de
Tancredo Neves ataca de peito aberto a corrupção institucionalizada pelos
farsantes no poder. Chefe do governo mais corrupto da história, a melhor amiga
de Erenice Guerra faz de conta que jamais tolerou a ladroagem que sempre
protegeu.
Comandante da própria campanha,
Aécio ouve com atenção as ponderações de parceiros confiáveis mas é sempre ele
a última instância. Decide o caminho a percorrer e diz o que pensa. Incapaz de
andar com as próprias, Dilma transformou Lula em babá de avó e recita o que
ordena o marqueteiro amoral.
Fonte: "Direto
ao Ponto"
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