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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

"O naufrágio no estado onde nasceu e o fiasco no berço político avisam que vem aí a falência do fabricante de postes"


Por Augusto Nunes

Em 2010, coligado com o PSB de Eduardo Campos, o PT de Pernambuco garantiu uma das duas vagas no Senado para o companheiro Humberto Costa (a outra ficou com Armando Monteiro) e elegeu quatro deputados federais. Animado com o desempenho do partido, Lula resolveu mostrar em 2012 que dava as cartas na capital do estado onde nasceu. Sem consultar ninguém, proibiu o companheiro João da Costa de concorrer à reeleição, ignorou os demais interessados e avisou que o prefeito do Recife seria Humberto Costa. Eduardo Campos sacou do coldre a candidatura de Geraldo Júlio, secretário do Desenvolvimento Econômico, e devolveu ao Senado o poste fabricado pelo ex-presidente.
Passados dois anos, Lula reprisou o show de arrogância. Novamente sem consultas aos sacerdotes, o único deus da seita ordenou ao rebanho pernambucano que se subordinasse à coalizão liderada pelo petebista Armando Monteiro, candidato a governador . O PT teve de conformar-se com a indicação de João Paulo, ex-prefeito do Recife ao Senado. A aliança forjada pelo genial intuitivo foi muito bem nos institutos de pesquisa. Pena que o eleitorado teime em discordar dos ibopes da vida. Escolhido por Eduardo Campos, o quase desconhecido Paulo Câmara massacrou Monteiro com um recorde nacional: 68% do total de votos.
O triunfo póstumo do governador abatido por um acidente aéreo foi ampliado pelos 64% do senador eleito Fernando Bezerra, que devolveu João Paulo às sessões de meditação, e pelo sumiço da bancada na Câmara: o PT não elegeu um único e escasso deputado federal. Pior ainda, o segundo turno da eleição presidencial pode tornar bem mais sombrio o opaco desempenho do PT em Pernambuco. Na primeira etapa, Marina Silva venceu com 48% dos votos, Dilma conseguiu 44% e Aécio amargou minguados 6%.  O apoio público de Marina e da família Campos deverá, na pior das hipóteses, aumentar substancialmente a votação de Aécio e, como efeito colateral, reduzir o raquitismo do eleitorado tucano no Nordeste.
Somado ao naufrágio de Alexandre Padilha e Dilma Rousseff nas urnas de São Paulo, o fiasco de Lula na terra natal informa que a fábrica de postes não sobreviverá à remoção do que escurece o Planalto há quatro anos. Por falta de fregueses, a produção já foi interrompida. A hora da falência chegou.
Fonte: "Direto ao Ponto"

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