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segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Paulo Gabiru: Um cantador do Rio São Francisco

Compositor e instrumentista, Paulo Gabiru compõe com boa dose de dramaticidade o perfil épico da região são-franciscana, articulando acordes nos meandros do contexto socio-cultural. Sua presença no campo musical é de fundamental importância não só como componente de um quadro que se expande conquistando fronteiras, se não também por influenciar novas gerações de compositores que interagem para o fortalecimento da música popular em nosso país e, especificamente, promover a música regional: inesgotável fonte de transformações estilísticas sobre sólida base rítmica. Seu trabalho musical apresenta estrutura nitidamente eclética, um trabalho onde a criatividade é tônica marcante. Basta atentar para os arranjos que evidenciam rico mosaico de variações. Não obstante a inserção de outros ritmos há um traço predominante, provavelmente originário das toadas regionais: traço como se fora estigma de um temperamento musical sempre revigorado pelas raízes do vale são-franciscano.
                                                                                                
Paulistano de nascimento, criado na Baixada Santista, identificou-se com as águas barrentas e “cheias de segredos” do Rio São Francisco, indo e vindo nos velhos gaiolas junto com seus pais a cada férias. Aportou de modo definitivo em Bom Jesus da Lapa-BA, por volta de 1974 onde, há algum tempo atrás, é agraciado com título de cidadão lapense, por decreto do Legislativo Municipal. Apresenta passagens por diversos grupos musicais no interior do Estado, destacando-se em Salvador no “Quinteto Fred Dantas”, em 1989. Paulo Gabiru cresceu ouvindo o resfolegar da antiga “Maria-fumaça” da já extinta estrada de ferro Sorocabana, depois substituída pelas (na época, modernas) locomotivas a Diesel (seu pai era ferroviário). Viu no horizonte do mar os grandes navios que lentamente se aproximavam do Porto de Santos. Trocou a água salgada pelo doce sabor de viver às margens do São Francisco.

Texto de Miguel Mensittieri
Enviado por Jorge Magalhães   

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