O
Palácio do Planalto monitora, com auxílio da Polícia Federal e da Agência
Brasileira de Inteligência (Abin), uma convocação que circula pela Internet
para um protesto contra a Copa do Mundo logo após a final entre Argentina
e Alemanha, neste domingo, 13, no Maracanã. A partida começa às 16 horas.
A
PF identificou um vídeo em que há uma convocação para as 18 horas deste domingo
em quatro cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. Diante
disso, a Abin está municiando os Centros de Coordenação de Defesa de Área
criados para monitorar a segurança da Copa não só nessas quatro cidades, mas em
todas as outras oito cidades-sede da Copa. Os serviços de inteligência das
Forças Armadas e das Polícias dos Estados também estão alimentando o sistema.
Outro protesto, batizado de "Não Vai Ter Final", está agendado para
as 13 horas na praça Saens Peña, no Rio de Janeiro. O evento já tem 2.300
presenças confirmadas.
O
governo quer que todas as forças convocadas para atuar na segurança
durante a Copa se mantenham a postos mesmo depois do final do jogo em suas
cidades. No Rio de Janeiro, a preocupação é ainda maior porque, além de ser o
local da final da Copa, ali estarão pelo menos dez chefes de Estado, incluindo
a presidente Dilma Rousseff, o presidente da Rússia, Vladimir Putin,
e a chanceler alemã Angela Merkel. Pelo menos
26.000 agentes estarão de prontidão para garantir a segurança da final da
Copa. Desses, 10.000 serão policiais militares.
Segundo
a Secretaria de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, 10.000 PMs vão
trabalhar na operação do jogo entre Alemanha e Argentina. Outros 4.984 estarão
em serviço no sábado, véspera da partida. A segurança no interior do estádio
será feita por cerca de 1.500 seguranças privados, os "stewards". A
origem dos demais agentes de segurança não foi detalhada.
Na
terça-feira, após a humilhante derrota do Brasil para a Alemanha,
o ministro-chefe da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, afirmou que o governo
já havia detectado um movimento de black blocs em várias cidades brasileiras,
como Rio, São Paulo e Belo Horizonte, que queriam se aproveitar da decepção da
população com o resultado, para retomar protestos violentos. Carvalho avisou
que o governo estava "atento" e "monitorando" estas convocações
e que ia continuar mapeando para evitar confusões e prejuízos em todo o País.
Gilberto pediu ainda "bom senso" e "cabeça fria" aos
manifestantes.
Fonte: “Veja On-line
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