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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Ronaldo Caiado: "Os candidatos de todos os outros partidos, como dizia o Brizola, 'são filhotes do PT'"



Mistério. É essa a palavra que melhor define o comportamento adotado pelo deputado federal Ronaldo Caiado (Foto: Reprodução), do Democratas-GO, depois que seu nome começou a ser cogitado para uma disputa à Presidência da República - possibilidade esta aberta ao democrata depois que o projeto junto à terceira via em Goiás ao lado de Vanderlan Cardoso (PSB) foi por água abaixo devido declarações ásperas da neopessebista Marina Silva.  O parlamentar goiano concedeu entrevista ao Jornal Opção Online na segunda-feira, 13, e, no que se refere ao cenário político goiano, conseguiu deixar muitas questões em aberto. Suas declarações quanto ao nacional, entretanto, se aproximam das de um candidato, embora evite falar em certezas ou expor claramente o projeto de seu partido.
Caiado não poupou críticas ao governo Dilma Rousseff –- o qual acusou de possuir alta dose de fisiologismo -; disse que sua pré-candidatura ao Palácio das Esmeraldas encontra-se em "stand-by" e que sim, uma disputa ao Planalto faz parte das conversações. Sobre a pauta da Câmara Federal para 2014, o líder do Democratas disse que projetos importantes correm o risco de serem adiados por conta do ano eleitoral - situação que creditou à base aliada ao governo petista, que obstruí a pauta - e que temas econômicos deverão pautar a política nacional, uma vez que o governo atual, segundo pontuou, foi o responsável pelo "[...] retorno da inflação ao país, por uma total falta de controle do governo e uma política totalmente errada." Tentando manter-se distante do fogo amigo da oposição em Goiás  Ronaldo Caiado deixou um conselho: "Cada um aí deve cuidar da sua seara, da sua casa."
O PSDB, na pessoa de seu presidente em Goiás, Paulo de Jesus, continua sondando o senhor para retornar à base, além de Vanderlan Cardoso que afirma ter esperança de tê-lo novamente na terceira via, como ficam essas duas situações agora, já que 2014 chegou e o tempo começa a ser encurtar?
Bem, o tempo realmente está correndo, mas está muito distante do momento da definição do partido, que vai ser tomada, tanto no cenário nacional como nos Estados, mais para frente. Neste momento nós estamos discutindo se o partido vai apresentar candidatura própria, se vai debater a eleição de 2014 apresentado candidatos, e isso inclui os Estados.
E como fica a questão de o nome do senhor ser colocado como candidato à Presidência? Continuam as visitas aos líderes do Democratas iniciadas no final de 2013 em todo o país?
Não sei te responder sobre meu nome. Continuamos as viagens e as discussões. Temos feitos encontros com o nacional e também em Goiás. Isso aí é às claras.
Como o senhor avalia os recentes embates entre os principais partidos da oposição em Goiás, tanto entre si como internamente?
Não gosto de opinar sobre o assunto de outros partidos. Penso que cada um sabe o que deve fazer, até porque não cabe a mim intrometer na seara do PT nem do PMDB, eles são partidos com políticos experimentados, saberão administrar a crise deles. Agora, vejo que cada um aí deve cuidar da sua seara, da sua casa, e quando chegar no mês junho nós veremos o que que vai ocorrer.
E o senhor acredita que de fato o cenário em Goiás será polarizado entre PSDB e PMDB como nas eleições anteriores? Ou teríamos alguma novidade de última hora?
Acho que tem que ser analisado o movimento vindo das redes sociais, pois foi possível perceber um sentimento muito forte no Estado de Goiás para realmente poder buscar novas alternativas na política.
Nesse sentido o senhor seria um nome novo, como almejado pelo eleitor, tendo inclusive se colocado como pré-candidato ao governo de Goiás no início de 2013. Como está este projeto depois dos últimos acontecimentos, como as declarações da ex-senadora Marina Silva?
Em stand-by [risos].
Essa resposta remete à possibilidade de lançar-se à Presidência...
É uma possibilidade também. Acho que aí tem que se manter aberto um diálogo. Vai depender de muitas conversações, mas a finalização mesmo, uma reprografia final, só em 30 de junho.
Qual o foco da Câmara dos Deputados para este ano, que tem uma agenda atípica por conta do processo eleitoral? Quais as matérias relevantes que estão em trâmite e podem ser prejudicadas?
É um ano realmente complicado. Acredito que o governo vá tentar continuar obstruindo a pauta. Nós tínhamos que votar desde o ano passado o piso salarial dos agentes comunitários, que é uma demanda antiga; tínhamos também que amadurecer a discussão da PEC 300 [que trata de piso nacional a bombeiros e policiais militares]; tínhamos que votar a PEC 313 [que estabelece perda automática de mandato a parlamentares condenados por crime contra a administração pública ou improbidade administrativa]. Enfim, são temas relevantes. E neste ponto temos ainda a questão do retorno da inflação ao país, por uma total falta de controle do governo e uma política totalmente errada. Penso que a discussão no Congresso vai girar em torno de temas econômicos e desses outros processos que tratam da política estrutural dos Estados.
Em âmbito nacional, qual a avaliação que o senhor faz do cenário político? Porque já começam a ser percebidas de forma mais intensa e direta trocas de farpas pelos partidos que lançaram suas pré-candidaturas.
O PT tem uma ampla maioria de alianças, logicamente como é uma aliança com dose alta de fisiologismo vai depender de como o governo vai estar do ponto de vista de apoio popular em junho para saber se os partidos dessa aliança vão acompanhar o governo. Até agora o governo tem a maioria, mas até lá... Vamos saber o que é que esses partidos vão decidir, porque normalmente eles decidem pela opção de maior chance de eleição, vejo como uma matéria que também está em aberto.
Sobre a crítica feita em uma rede social do PT ao governador Eduardo Campos, com intervenção de solidariedade por parte do PSDB, um assunto bastante noticiado na semana passada e que continua tendo repercussão, o senhor avalia que o Democratas ao ficar fora desse tipo de polêmica se beneficia perante o eleitor?
Aquilo ali é torpeza bilateral, porque a seita fundamentalista infelizmente tomou conta dos dois lados. Acho que o eleitor está imaginando um Brasil competitivo, e de repente, vê esse país tomado por atitudes fundamentalistas, fica muito ruim para o cidadão comum, que está buscando melhoria na qualidade de vida, melhoria na saúde, emprego. O cidadão comum não está focado neste lado patológico, fundamentalista que o PT e o PSDB caminham, com a Marina e o grupo radical do PT não. O eleitor fica: 'Poxa, ao invés de discutir assuntos que dizem respeito à vida do cidadão, estão discutindo assuntos que mostram o grau do quanto eles são refratários e com atitudes preconceituosas contra A e contra B'. Isso é dos dois lados. Tanto por parte do governo como por parte da Marina. É o sujo falando do mal lavado.
Qual o foco do Democratas para 2014?
Posso dizer que não é questão de diferencial, mas sim de atitude. Não é inverter a roda, mas dizer o que se pensa. 'Você é a favor da maior idade penal aos 16 anos?', sou; 'Você é contra a liberação de drogas?', sou; 'Você é a favor da diminuição de gastos com o Estado, diminuição de cargos comissionados, diminuição da máquina estatal?', 'Você é a favor de maior liberdade de economia no país?'. Num momento em que o Brasil hoje desmoraliza a própria Caixa Econômica Federal, tivemos uma época em que o Collor confiscou, agora o governo do PT usou a Caixa Econômica para roubar dinheiro do contador. Quer dizer, esse é o Brasil que se deseja? Penso que a nossa pauta não é inventar nada. É falar, olha, é aquilo que eles propuseram e não deu certo. Voltou a inflação como nunca, quebraram todas as estatais, e beneficiaram poucos, que são os financiadores de campanha. Acho que o tema vai ser econômico e também quem o cidadão brasileiro deseja que governe o Brasil e que tenha coragem de fazer as mudanças. Porque os candidatos de todos os outros partidos, como dizia o Brizola, "são todos filhotes do PT".
Fonte: "Jornal Opção Online"
 

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