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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Um "prediozinho" para a Justiça Federal não tem, mas a Arena Fonte Nova vale o fim do equilíbrio fiscal do Estado



Por Heraldo Rocha
No ano passado, o Senado aprovou contratação de operação de crédito externo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), no valor de 600 milhões de dólares para que o Governo da Bahia desse continuidade ao programa de equilíbrio fiscal do Estado da Bahia. A colaboração do Banco estará direcionada ao ajuste estrutural das contas estaduais, através do Programa de Consolidação do Equilíbrio Fiscal para o Desenvolvimento do Estado da Bahia – Proconfins II. 
Na época, o apoio do programa do BID para promover o equilíbrio fiscal do Estado da Bahia, foi dito, estava em sintonia com a estratégia da reforma iniciada pelo Governo Federal, por meio de alocação de recursos financeiros para a viabilização de investimentos necessários ao desenvolvimento socioeconômico do Estado. 
Mas alguma coisa deu errado nesse processo. O governo baiano defendeu que os recursos do programa do BID fossem utilizados em investimentos para a infraestrutura de grandes eventos, a exemplo da Copa do Mundo da Fifa 2014, alegando a vocação turística da Bahia. 
Pois bem. O Estado está com as contas desequilibradas, a beira da falência, mas temos um belo estádio, a Arena Fonte Nova. Mas....como andam as nossas contas? O dinheiro do BID foi bem aproveitado? Os integrantes do governo Jaques Wagner insistem em dizer que a situação financeira do Estado está equilibrada, mas os atos administrativos publicados recentemente mostram o contrário. 
O estado por exemplo não tem condições de construir um "prediozinho" para abrigar a importante sede do Tribunal Regional Federal e que muito beneficiará o próprio Estado da Bahia. Há notícias de que os fornecedores que estão sem receber os seus pagamentos há meses. O balanço bimestral do primeiro semestre de 2013, publicado pela Secretaria da Fazenda (Sefaz) mostra que o percentual de execução do orçamento aprovado para o período ficou em apenas 35% e que o grupo de despesas classificadas como investimentos foi de apenas 7,7% da dotação. 
Ou seja, o governo podia gastar R$ 6 bilhões, mas só utilizou R$ 468 milhões. Além disso, o governo excedeu o valor de compromissos assumidos no semestre, causando um débito de R$ 1,6 bilhões. 
As despesas com pagamento de pessoal e encargos estão empenhadas sem liquidar. Ou seja o governo pagou a folha de junho sem ter de onde tirar dinheiro. 
Como se explica tudo isso? Só posso crer que, apesar do crescimento do ICMS de 14,33% em relação ao mesmo período de 2012 e as despesas com pessoal e encargos não terem crescido, de ter havido entradas de recursos de operações de crédito para investimentos, além da disponibilidade de R$ 2,8 bilhões em caixa total líquida no encerramento do exercício de 2012, o governo quebrou o caixa. 
Gastou mais do que podia e devia e agora corre atrás do prejuízo para tentar equilibrar as contas. Por isso não tem nem um "tostãozinho" para construir um "prediozinho" para a Justiça federal. E o dinheiro do BID para o equilíbrio fiscal? Esse? Com certeza está ali, no entorno do Dique do Tororó, na Arena Fonte Nova. 
* Heraldo Rocha é ex-deputado estadual e presidente municipal do Democratas de Salvador


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