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terça-feira, 6 de agosto de 2013

Olney São Paulo sempre lembrado




Em Feira de Santana, Olney São Paulo - que tem tributo promovido pela Fundação Senhor dos Passos, através do Núcleo de Preservação da Memória Feirense nesta sexta-feira, 9, no Centro Comunitário Ederval Fernandes Falcão, às 20 horas -, deu nome a Cine Clube - que não está mais em atividade; seu filme "Grito da Terra" virou nome de jornal - também extinto; teve mesa com seu nome no Balcão Di Vidros - um bar que já fechou. Também foi nome de premiação, em 1994, do Salão Universitário de Artes Plásticas, do Museu Regional de Arte. Na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) existe o Coletivo Olney São Paulo, entidade formada por professores e alunos para estudar cinema. Na Galeria Carmac, no centro da cidade, tem um espaço chamado praça Olney São Paulo, e no Tomba existe uma extensa rua com seu nome. Ele também foi estudado para uma seleção de mestrado em História da Pontifícia Universidade Católica (PUC), de São Paulo, por Johny Guimarães da Silva, com a proposta "O Sertanejo no Cinema de Olney São Paulo". Sua obra também é tema de trabalhos de conclusão de cursos. Na Câmara Municipal tem medalha com seu nome. Olney também denomina a praça de alimentação do Boulevard Shopping. É ainda nome de rua no Aviário.
O primeiro tributo de Feira de Santana a Olney São Paulo foi realizado no ano de sua morte,em 1978, no auditório da Biblioteca Municipal Arnold Silva, com a exibição de fragmentos de "Um Crime na Rua", "Ciganos do Nordeste" e "Pinto Vem Aí". Foi promovido pela Secretaria de Turismo, que englobava Cultura, gestão de Antonio Miranda, governo de Colbert Martins. Dimas Oliveira era diretor do órgão.
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A edição de 1978 da Jornada Baiana de Cinema fez homenagem a Olney. "Muito Prazer", filme de David Neves, com Ilya São Paulo no elenco, teve lançamento em Feira de Santana, no Íris, em homenagem póstuma a Olney.
"Pinto Vem Aí" foi premiado no V Festival Brasileiro de Curta-Metragem do Jornal do Brasil. "Manhã Cinzenta" foi apresentado em vários festivais internacionais, como Pesaro (Itália), Cracóvia (Polônia), Mannheimm (Alemanha) – onde foi premiado com o Filmdukaten, em 1970, e causou curiosidade nos alemães com sua presença, pois ele foi para o festival de sandálias de tiras de couro cru, naturalmente compradas na feira livre de sua terra -, Londres (Inglaterra), Havana (Cuba), e Viña Del Mar (Chile). "Manhã Cinzenta" (rèalisé par Olney A Sau Paulo) também participou de mostra paralela no Festival de Cannes (França), em 1970. Em 1976, participação no V Festival Internacional de Cinema da Figueira da Foz (Portugal).
Olney foi elogiado por Orson Welles (realizador do maior filme de todos os tempos, "Cidadão Kane"), para quem "Manhã Cinzenta" era um filme extraordinário. Glauber Rocha chamou Olney de "mártir do cinema brasileiro", disse mais que ele "é a metáfora de uma alegoria. Alegorias estas que muitas vezes foram barradas mas que nunca deixaram de ser registradas". Sobre "Manhã Cinzenta", o crítico e cineasta Rubem Biáfora comentou no jornal "O Estado de S. Paulo": "Uma fita mais abertamente polêmica, que a Censura cometeu o erro e a inutilidade de proibir". A empresa Dezenove Som e Imagem, em São Paulo, dedicada a "filmes de autor", tem em seu acervo uma cópia de "Manhã Cinzenta".
No catálogo oficial do I Mille Occhi, oitava edição do Festival Internacional de Cinema e de Arte, realizado em Triestre, na Ítália, entre 18 e 26 de setembro de 2009, consta artigo de Dimas Oliveira, especialmente escrito (e traduzido do inglês para o italiano), sobre "Grito da Terra", de Olney São Paulo, que foi exibido no festival. A atriz Helena Ignez - que atuou na realização feirense - foi destacada com o "Premio Anno Uno" e teve mostra de seus filmes no evento. O catálogo dedica 26 páginas (29 a 54) a Helena Ignez, sendo as duas últimas destinadas ao filme de Olney São Paulo.
No dia 3 de dezembro de 2011, Olney foi homenageado dentro da mostra de curtas do Tocayo, evento multimídia que ocupou o Galpão da Ação da Cidadania, no Centro do Rio de Janeiro. Ao todo foram exibidos quatro títulos do cineasta: "Manhã Cinzenta" (1968), obra que culminou em sua prisão; "Grito da Terra" (1964); "Sob o Ditame do Rude Almajesto: Sinais de Chuva" (1976); e "Pinto Vem Aí" (1976). A 12ª edição do Tocayo reuniu cerca de 50 artistas, com 12 horas de atividades culturais. 
Em 2011, Henrique Dantas lançou o documentário "Sertão Cinzento", sobre Olney e seu filme mais polêmico, "Manhã Cinzenta". Em 2012,a vez de Henrique Dantas realizar "A Peleja de Olney Contra o Dragão da Maldade". Foi Henrique Dantas que descobriu no Arquivo Nacional o copião do primeiro filme de Olney, "Um Crime na Rua",realizado em 1955.
A data de nascimento de Olney, 7 de agosto, é Dia Nacional do Documentarista.

2 comentários:

Tuna Espinheira disse...

Olney mereceu e continua merecendo todas as homenagens. Entre as muitas coisas que realizou (vide a relação acima), conseguiu uma façanha de Titã, um filme, O Grito da Terra (longa metragem) todo produzido, com dinheiro, cenário, argumento, totalmente feirense. E isto é coisa rara! Raríssima!!! Viva Olney São Paulo!!!

Maria David disse...

Muito obrigada Dimas Oliveira, pois será um enorme e feliz prazer. Nossa, tanto citei nos meu trabalhos o Tributo de 2009 e esse agora como participante será espetacular para a minha jornada acadêmica, para os meus estudos sobre Olney São Paulo. Já desmarquei tudo, rumo ao Tributo Olney São Paulo 2013!