Olney São Paulo em intervalo das filmagens de "Ciganos do Nordeste"
Foto: Reprodução
Durante cerca de oito anos, o jornalista Dimas Oliveira
conviveu com o cineasta Olney São Paulo, entre 1970 até o ano de sua morte, em
1978, através de contatos pessoais quando ele vinha do Rio de Janeiro para
Feira de Santana dando notícias sobre seus filmes, bem como por meio de cartas
que ele escrevia para este jornalista, também dando conta de suas realizações e
andanças, até internacionais.
Antes desse convívio, a presença na pré-estreia de "Grito da
Terra", em noite de gala no Cine Santanópolis, em 1964. Assistência ao curta "O
Profeta da Feira de Santana", sobre o pintor Raimundo de Oliveira, no Cine
Íris, e participação no lançamento de "A Antevéspera e o Canto do Sol", na
Livraria Jacuípe, de Humberto Mascarenhas, ponto de encontro de artistas e intelectuais
na praça Bernardino Bahia.
Junto com Olney, a visão de vários de seus filmes, inclusive "Manhã Cinzenta", em sessões clandestinas, com projetores 16mm conseguidos por
mim em instituições, em paredes brancas da casa de meus pais e de seus familiares.
Em 1973, a ajuda para conseguir exibição de "Como Nasce uma
Cidade", realizado para comemorar o centenário de Feira, junto ao gerente do Cine
Timbira, Carlos Carvalho. Primeiro em uma sessão matinal privada com ele, o
então prefeito José Falcão, secretários e convidados. Depois, incluindo o filme
em programação regular do cinema, durante cerca de uma semana.
No início de 1976, assistimos juntos ao filme baiano "O
Pistoleiro", de Oscar Santana, também no Cine Timbira, em sessão noturna.
No Clube de Cinema de Feira de Santana, reativado nos anos 70, a exibição de muitos de seus filmes, a exemplo de: "O Profeta de Feira de Santana", "Cachoeira, Documento da História", "Teatro Brasileiro I: Origens e Mudanças", "Teatro Brasileiro II: Novas Tendências", "Sob o Ditame de Rude Almajesto: Sinais de Chuva", "Grito da Terra". Também o filme "Memórias de um Fantoche", do seu filho Ilya São Paulo.
No Clube de Cinema de Feira de Santana, reativado nos anos 70, a exibição de muitos de seus filmes, a exemplo de: "O Profeta de Feira de Santana", "Cachoeira, Documento da História", "Teatro Brasileiro I: Origens e Mudanças", "Teatro Brasileiro II: Novas Tendências", "Sob o Ditame de Rude Almajesto: Sinais de Chuva", "Grito da Terra". Também o filme "Memórias de um Fantoche", do seu filho Ilya São Paulo.
No ano de sua morte, 1978, como diretor Executivo da
Secretaria de Turismo, Recreação e Cultura, gestão do prefeito Colbert Martins
e secretário Antonio Miranda, participação ativa na promoção de mostra em
memória com exibição de seus filmes "Um Crime na Rua" (fragmentos) - pelo que
se tem notícia última exibição do filme, que depois foi dado como desaparecido
-, "Ciganos do Nordeste" e "Pinto Vem Aí", no auditório lotado da
Biblioteca Municipal Arnold Silva. A maioria do público, formada por pintistas,
intencionava ver o líder político no filme, o último a ser exibido, o que
impacientou as pessoas.
Seu último filme, "Dia de Erê", também foi exibido pelo
Clube de Cinema.
Exemplares do seu livro de contos "A Antevéspera e o Canto do Sol" foram deixados em consignação para a venda direta a pessoas interessadas na obra.
Exemplares do seu livro de contos "A Antevéspera e o Canto do Sol" foram deixados em consignação para a venda direta a pessoas interessadas na obra.
Para o jornal "Feira Hoje" e também "Folha do Norte",
principalmente, foram entrevistas, matérias e notas produzidas sobre o
cineasta.
Depois de sua morte, registros sobre Olney para que
permanecesse na memória de Feira de Santana. Nesse período, temos publicado
matérias sobre o autor e sua obra em jornais, revistas, programas de rádio e em
blogs sobre este personagem da cidade.
O cineasta feirense mereceu biografia em livro, "Olney São
Paulo e a Peleja do Cinema Sertanejo", de Ângela José do Nascimento. Em
paralelo ao livro, Ângela José realizou o vídeo "O Cineasta do Sertão", um
documentário biográfico cheio de respeito e ternura para com Olney, com
depoimentos de colegas, familiares e amigos. O livro foi lançado e o vídeo foi
apresentado em 1999 nesta cidade, no Feira Palace Hotel - tem texto de Olney
Júnior, trilha sonora de Ilya, narração de Irving e participação de Pilar – os
quatro filhos dele - e presença de Maria Augusta, sua mulher.
Em 2009, a realização do Tributo a Olney São Paulo, no
Teatro da Câmara de Dirigentes Lojistas, pela Prefeitura Municipal em parceria
com a Fundação Senhor dos Passos, com a presença dos filhos Olney Júnior e Ilya
São Paulo e de gente ligada ao cineasta e ao cinema, como André Setaro, Regina
Machado, Roque Araujo, Robinson Roberto, Tuna Espinheira.
Nesta
sexta-feira, 9, a realização pela Fundação Senhor dos Passos, através do Núcleo
de Preservação da Memória Feirense, do
Tributo a Olney São Paulo 2013.O evento ocorre no Centro Comunitário Ederval
Fernandes Falcão, às 20 horas.
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