Adoro ler.
Adoro os livros.
Um bom livro é uma espécie
de refúgio, de outro mundo, onde, contrariamente ao mundo dito "real", há
Razão.
Há Razão mesmo em Kafka, em
Orwell em Jorge Amado e por aí vai.
E interessante nos livros é
que nos incitam a ler outros.
E nos incitam mesmo a
escrevê-los (Ainda bem que nem todo mundo o faz, o que preserva a Razão e a
Estética no livro).
E uma coisa interessante; o
livro não pertence a ninguém. Nem mesmo àquele que o escreveu. Talvez pertença,
durante um ínfimo momento a quem o lê, mas logo, logo assume seu "auto-pertencimento" de ser completo, de instituição do sonho real, da fuga
para a Razão.
E porque digo isso?
Porque lembro que em uma
época muito dura, onde em nossas vidas faltavam essa Razão, que tanto
precisamos, em uma época bem escura de sofrimentos absurdos e mal abafados,
Olney e Maria Augusta escreveram um pequenino livro de alguns centímetros e
poucos quilinhos, porém, um "chef-d'œuvre".
Um "chef-d'œuvre" de criatividade, de alegria, de bondade, de sabedoria
de amor, de carinho e sobretudo de generosidade.
Um “chef-d'œuvre” chamado Pilar.
E como livro fantástico que
é, permitiu a cada um de nós, retorno a esse jardim maravilhoso de fuga para o "bom real" onde somos felizes e encontramos a Razão, onde apesar de tudo perdido;
da vida sem sentido; da tristeza dos dias cinzentos de dor e sangue, há uma
possibilidade de razão em nós mesmos, pois somos capazes de encontrá-la, essa
possibilidade, no fundo dos livros de nós mesmos.
E como grande livro, não
pertence a ninguém, e gera outras literaturas, o Livro-Pilar, gerou livros
Olney, livros Maria Augusta, livros Irvinho, livros Ilynha, livros Ôneyzinho,
livros Pilareta - cara de Carne-Glycia -
livros "Tunha Não", livros Mizoguchi.
Livros tais como Jason, Caelan e Rayne, nos quais me deleito em ler.
E hoje é o Aniversário
da Pilar.
Obrigado, minha filha por
continuar escrevendo minha história de vida.
"Te amo"*.
Olneyzinho São Paulo
*(Apesar do pronome átono em
início de frase).
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