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9 a 15 de maio - 14 - 17 - 20

segunda-feira, 13 de maio de 2013

"Arte na Mesa" da artista Dulce Cardoso mostra cerâmica utilitária



A Galeria Nelson Daiha do Senac Pelourinho, em Salvador, promove a abertura da exposição individual "Arte na Mesa", da ceramista Dulce Cardoso, no sábado, 18, às 16 horas. A mostra ficará em cartaz até o dia 10 de junho.

Para esta exposição, a artista produziu 12 peças utilitárias, moldadas e esmaltadas, umas na cor branca e outras de fortes coloridos. São peças que podem, literalmente, ir à mesa, como também servir de elemento decorativo, como informa o artista e crítico Justino Marinho, curador da mostra. 
"Pensei nas peças em função da galeria estar ligada ao Museu da Gastronomia do Senac", enfatiza Dulce, referindo-se ao simpático espaço que fica no largo do Pelourinho e que diariamente recebe dezenas de visitantes interessados nos segredos da gastronomia baiana.
Dulce Cardoso começou a trabalhar profissionalmente com a cerâmica no início dos anos 80, quando realizou curso livre nas Oficinas do Museu de Arte Moderna da Bahia. Anteriormente, já havia visitado os oleiros de Maragogipinho e conhecido o mestre Vitorino, através de quem tomou conhecimento da existência das Oficinas do MAM. Também já havia conhecido o famoso ceramista Udo Knoff e sua esposa Hortência, que ministravam curso livre na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia.

Após seis meses de aprendizado nas Oficinas do MAM (1984), juntamente com um grupo de ceramistas argentinos, aprendeu os segredos da utilização das tintas e esmaltes aplicados na decoração das peças de cerâmica.

Profissional dedicada, Dulce traduziu uma série de apostilas do espanhol para o português, se empenhou no estudo, e partiu para suas experiências e descobertas.

Após sedimentar seus conhecimentos iniciais, transgrediu as normas convencionais, tradicionalmente ensinadas nos cursos e escolas, e foi criando suas próprias convicções.

Das pequenas peças confeccionadas inicialmente, passou a trabalhar com objetos maiores e mais complexos. Atualmente, é detentora dos muitos segredos da cerâmica, desde o preparo da argila até a queima em seus diversos fornos.

Participou de feiras, salões oficiais, exposições coletivas e realizou também, mostras individuais em galerias de Salvador e de outras cidades do país, além de exposições individuais realizadas no Museu de Arte Moderna da Bahia, no Museu Udo Knoff e no Museu Abelardo Rodrigues.

Seus grandes painéis podem ser vistos em vários locais. No Centro de Convenções de Salvador, no Complexo de Sauípe, no Hotel Portal de Lençóis e na Escola de Música da Ufba, além de residências particulares.

Dulce desenvolveu também, um trabalho utilizando a cerâmica e o vidro. Técnica que aprendeu em 1996, em São Paulo, com o professor uruguaio Roberto Bonino (1932-2008), conhecido como o Mestre Vidreiro e especialista na técnica do "fusing", utilizada para moldar uma ou mais placas de vidro plano, através de moldes criados previamente pelo artista, sendo submetidos à temperaturas elevadas em fornos apropriados, onde vão se fundir, se acomodar e assumir novas formas.

Em Buenos Aires, estudou com o importante ceramista argentino Jorge Fernandez Chiti (1940) que possui inúmeros livros editados sobre a arte cerâmica na Argentina.

Em seu atelier, a artista tem formado dezenas de profissionais e criado centenas de peças nas quais imprime sua marca pessoal.  

Dulce lamenta a falta de uma maior união entre os artistas da cerâmica e a falta de interesse desses profissionais pelo fortalecimento da Associação que já existe e já teve seus dias de ascensão e de atuação significativa. "A união desses profissionais daria uma maior visibilidade a cerâmica e ajudaria a divulgar muito mais sua importância", afirma Dulce.

A cerâmica passou a existir quando o homem saiu da caverna e se tornou agricultor. Quando ele notou que precisaria de vasilhas para armazenar água, alimentos e sementes para a próxima safra. Existem pistas da existência da cerâmica há milhares de anos antes da era cristã. No Brasil estudos arqueológicos indicam a presença de uma cerâmica mais simples criada na região amazônica por volta de 5.000 anos atrás. 
(Com informações de Ligia Aguiar)


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