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No Domingo de Páscoa

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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

"Barro no ventilador"



Por Carlos Chagas
Ontem foi dia de barro no ventilador, esgotando-se em poucas horas a edição de O Estado de S. Paulo, com revelações de estarrecer. É reproduzido o depoimento de Marcos Valério à Procuradoria Geral da República, em setembro, envolvendo o ex-presidente Lula, José Dirceu, Delúbio Soares, Antônio Palocci e outros.
Ninguém é obrigado a acreditar nas denúncias do operador do mensalão, que procura livrar-se da pesada sentença de 40 anos de reclusão. Seu relato, porém, tem começo, meio e fim, ainda que se tenha referido apenas a uns poucos episódios do escândalo. Terá o esquema criminoso de recolhimento de recursos ilegais contribuído para pagar despesas pessoais do Lula, ainda que com a modesta quantia de cem mil reais, quando os mensaleiros amealharam centenas de milhões? O que dizer da chantagem que um empresário de Santo André teria desenvolvido contra o ex-presidente, contra José Dirceu e outros auxiliares, em torno do assassinato do prefeito Celso Daniel? Dá para acreditar que Valério, no gabinete presidencial do palácio do Planalto, tenha ouvido do Lula estímulos aos empréstimos do Banco Rural ao PT? Ou que o ex-presidente tenha atuado para pedir à Portugal-Telecom a liberação de milhões para o partido dos companheiros, através de seus fornecedores? Por último, terá mesmo Valério sido ameaçado de morte pelo mais chegado assessor do Lula, Paulo Okamoto, caso não se comportasse e mantivesse o bico calado?
São gravíssimas as acusações, ainda que o acusador deva comprová-las. Mesmo assim, falta uma palavra dos acusados. Não adiantará mais botar a culpa na imprensa ou na oposição. O país inteiro aguarda a palavra que salva ou o gesto que mata.

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