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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Sobre a tese furada de alinhamento: "O segredo da cuia na mão"


Por Samuel Celestino
O vice-governador Otto Alencar informou o que já se sabia e se comentava nos meios empresariais. No segmento político, porque é fraco no Estado, todos estavam de boca fechada. Possivelmente por não saber. Coube a Otto revelar o que já se poderia ter dito por se tratar de uma realidade. A Bahia está pagando uma dívida que não deve, e deixando de arrecadar o que tinha direito em consequência da política econômica de Guido Mantega que, até aqui, pelo menos este ano, não resultou em nada. Pelo contrário, o crescimento do PIB, que se esperava que fosse melhor neste último quarto trimestre, tende a fechar o ano com números pífios.
Alencar disse que o Estado está com uma perda de R$ 130 milhões do Fundo de Participação dos Estados (FPE), e apontou como saída recorrer à presidente Dilma Rousseff. Ou seja, correr a cuia para não entrar em parafuso. O buraco é resultado de perdas nas transferências federais para as unidades federativas, em consequência da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros e a linha branca. Ora, a Bahia está longe de ser industrializada. Perdeu tempo. Tem apenas a Ford instalada em Camaçari e da linha branca não faço ideia. O problema é que a Bahia é exportadora e está também a perder. Porque se fosse apenas em razão da industrialização, São Paulo já estava gritando de há muito. Por ora grita, mas um grito rouco. É certo que é necessário um novo pacto federativo porque, a União abocanha 54% de impostos e R$ 43 de contribuições, que, segundo A Tarde de ontem, esta parte fica exclusivamente para a União.
Por que o governo não informou esta situação antes das eleições municipais de Salvador? Está claro. Foi em consequência da tal tese furada do alinhamento, segundo a qual Salvador não anda sem ajuda do Estado e da União (o grifo é do Blog Demais). Se a Bahia está com a cuia na mão, difícil ajudar. Já Dilma, terá que fazê-lo porque não existe benesse nisso e, sim uma obrigação constitucional (e boa vontade). De resto, Wagner estava certo quando não pode pagar tudo o que os professores, em greve, queriam. Se relatasse a penúria do cofre estadual, poderia ser melhor política para eleger Pelegrino do que a tese do alinhamento. Alinhamento só tem um e é para todos: um novo pacto federativo.
* Coluna de Samuel Celestino publicada no jornal "A Tarde" desta terça-feira, 6

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