Por Samuel Celestino
Com desvantagem em diversas capitais do País, numa
situação que demonstra o desgaste do partido a partir da utilização do Estado
para beneficiar a sua legenda - como bem explicou no Supremo o ministro decano
Celso de Mello - o PT lança todas as suas fichas em São Paulo no candidato
Fernando Haddad. Lá está Lula acompanhando pari passu o candidato que inventou.
Também, por lá apareceu Dilma. O PT sabe que vai mal em muitas capitais; sentiu
que está em corrosão, tal como acontece nos partidos que permanecem muito tempo
no poder. Denomina o fenômeno de "fadiga material". O PT tenta dar a volta por
cima em na capital paulistana. Se conseguir, mais vale SP do que a grande parte
das capitais, na medida em que a capital de SP é o terceiro orçamento do País.
E, lá, é reduto e berço do PSDB, principal adversário do PT, como, de resto, da
maioria dos partidos, inclusive o Partido dos Trabalhadores, cuja maternidade
foi o ABC paulista.
O ex-presidente Lula sabe, também, que ele próprio
está em processo de desgaste, tendo o Nordeste como destaque, aonde vai mal em
Fortaleza, Teresina e Recife e Maceió. Deixo à margem Salvador, que aponta para
um segundo turno disputado. São Paulo passou a ser a tábua de Salvação petista.
Se não der certo, as eleições de domingo certamente terão efeito negativo para
o pleito de 2014, atingindo o PT. Principalmente com o que está à vista: a
derrocada do partido no mensalão, autor e mentor do saque e ações de corrupção
que, pelo visto, levarão a maioria dos seus integrantes envolvidos no escândalo
à condenação e, daí, à prisão.
Fonte: "Bahia Notícias"
Nenhum comentário:
Postar um comentário