Por Reinaldo Azevedo
Não
demora, e setores da imprensa logo passarão a defender a censura prévia na
campanha eleitoral em São Paulo, a exemplo do que fizeram em 2010, agora para
tentar proteger Fernando Haddad de si mesmo. Vivemos dias em que a única forma
legítima - e laica!!! - de fazer política é aderindo à pauta petista. Ou é isso
ou se decreta: "É tema religioso! E a política é para leigos!".
O caso
da hora é o tal "kit gay". Sim, na gestão Haddad, fizeram-se os famigerados
"kits" para ser distribuídos das escolas. Há os filmes. Há os livros. O
material é intelectual, moral e tecnicamente delinquente. Foi elaborado - e
custou dinheiro público - na gestão de Fernando Haddad. Ninguém é contra a que
se combata o preconceito nas escolas, qualquer preconceito, inclusive
aquele que existe, E É O MAIS ANTIGO E PERMANENTE NAS ESCOLAS, contra os alunos
mais inteligentes e mais capazes, geralmente discriminados pelos malandros
socialmente bem-sucedidos no ambiente escolar ao menos. Qualquer preconceito,
se preconceito, é detestável, inclusive o que existe contra estudantes gays.
Sempre
que Haddad é indagado pela imprensa companheira, filocompanheira ou "moderna e
leiga" a respeito, faz-se a pergunta de um ponto de vista engajado, de quem é
favorável àquela porcaria. Um dos filmes oficiais defendia que travestis
passassem a usar banheiros femininos também nas escolas. As alunas querem isso?
Seus pais não têm de ser ouvidos a respeito? Outro filme diz que ser bissexual
traz vantagens na comparação com o heterossexual. A POLÍTICA DE FERNANDO HADDAD
entregou a tarefa de elaborar esse material a ongs. Gastou alguns milhões com
isso. Ele é igualmente protegido de sua herança nas universidades federais.
Muito
bem! Em 2010, o debate sobre o aborto - levado adiante, sim, por setores
religiosos da sociedade - mobilizou quase toda a imprensa nacional em defesa de
Dilma Rousseff. Sua opinião arreganhadamente favorável ao aborto foi lançada na
categoria do boato. Era como se tudo não passasse de uma acusação feita por
seus adversários. Não! Ela havia concedido entrevista à 'Folha', gravada em vídeo
- que praticamente desapareceu -, em que se dizia favorável à LEGALIZAÇÃO DO
ABORTO. Não era descriminação o que ela defendia. Ia mais longe: queria
legalização mesmo. Disse o mesmo em uma entrevista à revista 'Marie Claire'.
Muito
bem! Um setor da Igreja Católica fez um panfleto ASSINADO - REITERO: ASSINADO -
recomendando AOS CATÓLICOS que não votassem em candidatos favoráveis ao aborto.
O material foi censurado, por ordem da Justiça Eleitoral. A Polícia Federal foi
posta no encalço do autores do texto. Pessoas foram detidas apenas por portar o
papel.
Atenção!
Não se citava um só nome no texto, nada! A autoria estava clara! Tratou-se de
um caso escandaloso de censura à liberdade de expressão, APLAUDIDA POR
JORNALISTAS OU COM PALAVRAS OU COM O SILÊNCIO, o que é ainda pior porque
covarde.
A
fé e a política
Sindicalistas podem se manifestar. Professores podem se manifestar. Engenheiros podem se manifestar. Movimentos sociais podem se manifestar. Até bandidos podem se manifestar! Então não podem os crentes, os que têm fé? O fato de o poder, no Brasil, ser laico - FELIZMENTE! - impede que os cristãos digam o que pensam?
Sindicalistas podem se manifestar. Professores podem se manifestar. Engenheiros podem se manifestar. Movimentos sociais podem se manifestar. Até bandidos podem se manifestar! Então não podem os crentes, os que têm fé? O fato de o poder, no Brasil, ser laico - FELIZMENTE! - impede que os cristãos digam o que pensam?
Uma
coisa é uma igreja ser dona de um partido - como o é a Igreja Universal do
Reino de Deus, que comanda o PRB -; outra, distinta, é a expressão de uma
opinião política daqueles que têm fé. São realidades completamente distintas.
No mundo inteiro, temas relacionas a comportamentos e a escolhas de natureza
moral estão presentes no debate político. É parte da democracia. Porque a
sociedade e o poder são laicos, pode um dirigente, como Fernando Haddad, tentar
impor às escolas uma orientação que vai bem além do direito - e do dever - que
tem o estado de educar as crianças? Ora…
Haddad
tem de responder por suas escolhas. Se a imprensa que lhe é servil não lhe faz
a devida cobrança por seus atos, não pode ter a ambição de censurar aqueles que
o fazem, AINDA QUE SUA MOTIVAÇÃO SEJA RELIGIOSA, ORA ESSA! Ou, então, que se declare
a ilegalidade e a ilegitimidade da religião. Alguém a tanto chegará em nome das
luzes? Depois dessa censura, qual será a próxima?
Fiquem
atentos! Daqui a pouco, alguns tarados da censura, em nome do laicismo, vão
propor censura aos críticos do kit gay. É o kit Imprensa-PT do laicismo. É o
kit Imprensa-PT da censura. A síntese é a seguinte: "Ditadura boa é a nossa!"
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"
Nenhum comentário:
Postar um comentário