Por Luís Augusto Gomes
Foram só queixas e súplicas a audiência do
governador Jaques Wagner com a ministra Gleisi Hoffmann, chefe da Casa Civil da
Presidência da República, por causa de atrasos e indefinições em obras federais
na Bahia: o aeroporto de Feira de Santana, o Porto Sul, a Ferrovia Oeste-Leste
e a linha de transmissão de energia para fazer funcionar o parque eólico de
Caetité.
Ao tomar essa providência e divulgá-la, o
governador parece querer fazer valerem o peso da Bahia na federação brasileira
e sua própria autoridade, talvez convicto de que pouco adiantou seu argumento
de campanhas de que a "parceria" com o governo federal resultaria na ampliação
de políticas públicas no Estado.
É um pouco tarde, como extemporâneo também é
o apelo publicitário do governo estadual, até hoje, sobre o conjunto viário do
aeroporto de Salvador, obra federal iniciada na gestão anterior e inaugurada,
inconclusa, em dezembro de 2008. E se for necessário outro exemplo, está aí a
Via Expressa, na qual o discurso oficial continua mamando.
Os objetos das reclamações de Wagner à
ministra chegam a ser prosaicos. O aeroporto de Feira depende, segundo a
imprensa, “apenas da assinatura de um termo de anuência entre o governo
estadual e a União”, o que ela tentará resolver "até o fim do mês". Quanto ao resto,
prometeu "se informar sobre os motivos do atraso nas obras".
Fonte: "Por Escrito"
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