Por
Reinaldo Azevedo
A
Justiça proibiu as operações-padrão de agentes da Polícia Federal, que estão,
entre outras coisas, infernizando a vida dos brasileiros nos aeroportos e
prejudicando a economia nos portos. Pois bem. Os sindicalistas decidiram fazer
o quê? Cinicamente, anunciam uma "Operação Sem Padrão" - ou "fiscalização
zero". Leiam o que informa Débora Álvares, no Estadão Online. Volto em
seguida.
Policiais
federais em greve há quase duas semanas prometem rigor zero nas fiscalizações
no início da próxima semana. A "operação sem padrão" ocorre após decisão do
Superior Tribunal de Justiça (STJ) que proibiu, na noite de quinta-feira, 16, a
realização de operações padrão.
Segundo
o vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Paulo Polônio,
a categoria ainda não foi notificada da decisão judicial, mas vai cumprir a
determinação. No entanto, os sindicatos preparam outras mobilizações, entre
elas o que Polônio chamou de "operação sem padrão". O diretor sindical da
federação, Paulo Paes confirmou o significado da mobilização: rigor zero.
A
Advocacia-Geral da União (AGU), autora da ação que pede a proibição da operação
padrão, destacou só poder tomar uma atitude a respeito da prática de rigor zero
pela corporação se provocada pelo órgão gestor da PF. O Ministério da Justiça
disse manter a posição de que policial não pode usar o cargo para prejudicar a
população, mas preferiu não entrar no mérito da mobilização prometida pela
categoria.
Proibição.
A decisão do STJ proíbe que "sejam adotados cerceamentos à livre circulação de
pessoas, sejam colegas do serviço público, autoridades ou usuários". "Ou seja,
proíbo a realização de quaisquer bloqueios ou empecilhos à movimentação das
pessoas, no desempenho de suas atividades normais e lícitas e ao transporte de
mercadorias e cargas."
Segundo
dados do Ministério do Planejamento, os agentes da PF reivindicam reajustes de
R$ 7,5 mil para R$ 18,8 mil nos salários iniciais e de R$ 11,8 mil para R$ 24,8
mil nos salários de fim de carreira.
(…)
(…)
Voltei
O Brasil, no seu conjunto, está pagando o preço milionário de todos os erros cometidos pelo petismo - "erros" não é bem a palavra. Os brasileiros pagam o preço de uma estratégia de poder. Vejam ali a reivindicação dos polícias federais. Ele já estão hoje entre as categorias mais bem pagas do país. Reivindicam uma salário inicial absurdo, estratosférico - em qualquer país do mundo, mesmo nas economias ricas.
O Brasil, no seu conjunto, está pagando o preço milionário de todos os erros cometidos pelo petismo - "erros" não é bem a palavra. Os brasileiros pagam o preço de uma estratégia de poder. Vejam ali a reivindicação dos polícias federais. Ele já estão hoje entre as categorias mais bem pagas do país. Reivindicam uma salário inicial absurdo, estratosférico - em qualquer país do mundo, mesmo nas economias ricas.
Durante
anos - mais de 30! -, os servidores públicos foram convencidos de que conceder
ou não conceder reajuste era só questão de "vontade política". Falar em contas
públicas era considerado algo criminoso. Eis o resultado. Lula pegou alguns dos
anos mais prósperos da economia mundial e enfiou a mão no cofre. Eis aí o
resultado: temos um funcionalismo federal com ganhos muito acima do que se paga
no setor privado, mas que, mesmo assim, insiste em paralisar o país porque quer
mais. Muito mais.
Somos
ainda reféns das dissensões internas no PT. A CUT, que comanda parte da
paralisação, pertence àquela facção do partido que não se sente devidamente
representada pelo governo Dilma, que seria um outro PT. A ala sindical ainda
sonha com a volta de Lula, o Dom Sebastião que nunca nos abandonou.
Oficialmente, ele apoia as ações do governo para conter a greve. Na prática,
não move uma palha. Os seus homens é que comandam a CUT - têm, portanto,
influência decisiva no movimento.
Entendo
que os agentes da Polícia Federal que anunciam a "operação sem padrão" estão,
de fato, anunciando um crime. A lei tem de se encarregar deles.
Fonte: "Blog Reinaldo Azevedo"
Um comentário:
Se a Polícia Federal levar isso adiante, será um cáos.
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