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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Brilho próprio


Presente no cotidiano das pessoas, nas mais variadas formas, o aço exerce papel importante no desenvolvimento do país, sobretudo, de Minas Gerais. Mas esse material possui outra faceta: ganha vida, em forma de arte, contornos e brilho nas mãos de quem tem a aptidão para transformar
O aço alimenta a indústria, mas também a imaginação do artista, que cria formas delicadas, se contrapondo à robustez do material
 Jocimar Tavares trabalha com a chapa metálica como se fosse uma folha em branco. E tal como numa folha em branco, naquele pedaço de material é permitido tudo o que a imaginação desejar 
Fotos: Divulgação
Em Minas Gerais, estão concentradas as maiores reservas de minério de ferro e, consequentemente, as principais empresas do setor siderúrgico. O Quadrilátero Ferrífero, inclusive, é a região mais rica do Estado e principal produtora de minério de ferro do Brasil. Nem precisa ser de Minas para saber que essa relação Minas/aço é bastante próxima. Uma relação, às vezes, até íntima. Como é o caso de alguns artistas mineiros que transforma esse material em obras de arte singulares.
É o caso de Jocimar Tavares, artista plástico natural de Uberlândia, Minas Gerais. “Minha família tem uma empresa de revenda de chapas metálicas e outros produtos de aço, então, cresci nesse ambiente, tendo muita familiaridade com esse material. Tanto que comecei a fazer placas decorativas para fazendas, portas, vasos de paredes entre outros”, conta.
Mas esse processo, segundo Jocimar, era muito mecanizado. Então, ele iniciou um trabalho mais manual, produzindo peças de caráter abstrato. “Comecei a fazer recortes à mão livre e montei minhas primeiras esculturas”, lembra. A partir daí, ele não parou mais. A paixão pela arte foi aumentando e Jocimar se aperfeiçoando. Hoje, o artista já tem um sólido trabalho realizado.
"À primeira vista, a ideia que se tem do aço é de resistência, frieza e até certa brutalidade. Para mim, o encantador desse material é que, mesmo assim, consegue-se extrair dele leveza e formatos, basta ter criatividade e um pouco de sutileza. Essa transformação é a essência do meu trabalho, aquilo que motiva e traz felicidade", destaca Jocimar.
O artista descreve como são as etapas do seu trabalho: "Primeiro pego os pedaços de chapa de aço, como se fossem minha folha de papel em branco, então, vou rabiscando na própria chapa meus traços. Tudo isso pensando nas formas que desejo dar a escultura, por meio da junção desses pedaços. Em seguida, faço os recortes usando um tipo de maçarico chamado plasma. Esse processo é todo feito à mão livre".
Depois de vários passos seguidos com muita disciplina, a escultura de Jocimar começa a ganhar forma. É hora de outro processo, que merece atenção redobrada - a soldagem das partes. Só depois as peças podem ganhar cores, por meio de tinta ou queimando o aço inox, procedimento mais trabalhoso, já que para obter os tons desejados deve-se introduzir ácidos oxidados ou iniciar mais uma fase: o polimento.
"O aço tem um brilho próprio muito distinto e, por mais que se tente, tinta alguma consegue reproduzi-lo", encerra o artista plástico.
(Com informações de Ana Paula Horta e Fernanda Pinho, da Mão Dupla Comunicação)

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